As origens e as vertentes formadoras do pensamento cepalino
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, 54(3):333-358 2000.
Artigo
O artigo contestar a tese, corrente na literatura, segundo a qual as teorias defendidas pelos
economistas ligados à CEPAL nas décadas de 1950 e 1960 devem-se à influência direta de Keynes. Continuar lendo
Para
tanto, além de evidenciar diferenças entre as duas construções teóricas, mostra que, antes de a CEPAL ser
criada ou da publicação da Teoria Geral, teses mais tarde consagradas como suas já encontravam adeptos
na América Latina. Com isto, chama atenção para a complexidade da origem do pensamento estruturalista
latino-americano e levanta hipóteses sobre que correntes ou teorias teriam-no influenciado mais
diretamente em seu nascedouro, destacadamente as exceções ao liberalismo de Smith e S. Mill, o
positivismo e List. Conclui que, mais que em inovar, a contribuição da CEPAL residiu em sistematizar
dentro de um programa de pesquisa reconhecido academicamente idéias que, de forma fragmentária, já
existiam na América Latina.
Sobre a Intencionalidade da Política Industrializante do Brasil na Década de 1930
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista de Economia Política, v.23, n.1(89), p.133-48. 2003.
Artigo
Deve-se fundamentalmente a Celso Furtado, ema Formação Econômica do Brasil,
a tese clássica de que o Brasil foi um dos primeiros países ocidentais a sair da
crise iniciada em 1929, e que tal fato deveu-se à política intervencionista
empreendida pelo governo para sustentar as exportações de café. Continuar lendo
Esta tese e
seus desdobramentos já foram objeto de inúmeras discussões e polêmicas,
envolvendo ardorosos defensores e contendores. Pretende-se aqui retomá-la para
aprofundar a discussão em um ponto ainda não de todo solucionado pela
literatura, muitas vezes até ignorado, mas de suma importância para a
reconstituição da história econômica do período. Este diz respeito, mais
precisamente, à intencionalidade e à consciência do governo quanto à
consecução das expressivas taxas de crescimento verificadas na indústria de
transformação a partir de 1933.
Legitimidade e credibilidade: impasses da política econômica do governo Goulart
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista Estudos Econômicos IPE-USP, São Paulo, SP, v. 34, n. 3, p. 587-622 2004.
Artigo
A maior parte da literatura sobre o governo de João Goulart atribui as baixas taxas de crescimento e a
elevação da inflação do período a razões estruturais, enquanto a política econômica normalmente é vista
como errática e hesitante. Continuar lendo
Contrariando estas teses, procura-se aqui resgatar a importância da política
econômica dentro da conjuntura, mostrando que a mesma possui uma racionalidade, a qual inclusive se
manifesta na constante troca de ministros da área econômica. Para tanto, recorre-se ao modelo de
credibilidade de Barro e ao conceito de legitimidade de Max Weber para reconstituir os impasses do governo
e seus reflexos na condução da política econômica.
Do progresso ao desenvolvimento: Vargas na Primeira República
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Anais do XXXII Encontro Nacional de Economia da ANPEC 2004.
Artigo
O trabalho analisa a trajetória e as idéias, principalmente econômicas, de Getúlio Vargas
no período da Primeira República, portanto antes de assumir a Presidência da
República. Continuar lendo
Para tanto, aborda desde sua filiação inicial ao positivismo até quando, ao
final da década de 1920, assume claramente a ideologia desenvolvimentista que marcará
sua atuação posterior. Ao enfocar a gênese de seu pensamento, constata-se a relativa
coerência na defesa de alguns pontos sempre presentes, como o antiliberalismo, a defesa
do intervencionismo e da necessidade de industrialização, enquanto outros se alteram,
dentre os quais os que dizem respeito a certas regras de política econômica, como o
equilíbrio orçamentário e a concessão de crédito e empréstimos, detectando-se um
rompimento com certa ortodoxia da fase inicial.
O ideário de Vargas e as origens do Estado desenvolvimentista no Brasil
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Anais do Segundo Congreso Nacional de Historia Econômica, México, DF 2004.
Artigo
O trabalho analisa a trajetória e as idéias, principalmente econômicas, de Getúlio Vargas
no período da Primeira República, portanto antes de assumir a Presidência da
República. Continuar lendo
Para tanto, aborda desde sua filiação inicial ao positivismo até quando, ao
final da década de 1920, assume claramente a ideologia desenvolvimentista que marcará
sua atuação posterior. Ao enfocar a gênese de seu pensamento, constata-se a relativa
coerência na defesa de alguns pontos sempre presentes, como o antiliberalismo, a defesa
do intervencionismo e da necessidade de industrialização, enquanto outros se alteram,
dentre os quais os que dizem respeito a certas regras de política econômica, como o
equilíbrio orçamentário e a concessão de crédito e empréstimos, detectando-se um
rompimento com certa ortodoxia da fase inicial.
FURTADO, André Tosi Apresentado no seminário “Celso Furtado e o desenvolvimento regional”, promovido pelo Banco do Nordeste do Brasil. Fortaleza, julho de 2005.
Artigo
O artigo analisa os aspectos que fundamentaram o pensamento histórico- econômico de Celso Furtado, com enfoque na sua visão do Brasil.
FURTADO, Celso Subdesenvolvimento e Estado Democrático. Recife: Condepe, 1962.
Artigo
Excertos do discurso de paraninfo proferido por Celso Furtado na colação de grau dos bacharéis da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Minas Gerais, em 4 de dezembro de 1959. Continuar lendo
Cf. Subdesenvolvimento e Estado Democrático, de C. Furtado (Recife: Condepe, 1962).
Estado e Empresas transnacionais na industrialização periférica
FURTADO, Celso Revista de Economia Política, v.1, n.1, jan./mar. 1981.
Artigo
A industrialização de substituição de importações foi, sem dúvida, um processo reativo: tratou-se de encher um vazio. Continuar lendo
O processo de “fechamento” da economia periférica que significava a substituição de importações era em realidade um esforço de diversificação da estrutura produtiva demasiado grande para o nível de acumulação que podia ser alcançado. A ação do Estado, nesse contexto, conduzindo à descapitalização de certas indústrias de base durante a primeira fase, permitiu contornar parcialmente o obstáculo de estreiteza de mercado ou de subutilização de capacidade de capacidade produtiva em múltiplos setores. A penetração das empresas transnacionais no setor industrial das economias periféricas acelerou-se a partir dos anos 50 devido a múltiplos fatores, principalmente aqueles ocorridos nas economias centrais.
FURTADO, Celso Novos Estudos Cebrap. São Paulo, v. 1, 1, dez. P. 12-19. 1981.
Artigo
Na primeira parte, o autor aborda o panorama de que não é possível entender nem o Nordeste nem o Brasil sem levar em conta que o primeiro sintetiza as contradições do segundo, em grau elevadamente dramático. Continuar lendo
Na segunda parte, são apontados os três eixos principais e simultâneos de ação transformadora no Nordeste: transferência de cursos, maior participação industrial e modificações estruturais visando o ser humano.