O Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento foi uma proposta do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentada na sessão de abertura da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad XI), realizada em São Paulo no dia 14 de junho de 2004. A idéia de que o Brasil tivesse uma instituição que reunisse as inteligências comprometidas com o desenvolvimento e com a atualidade do pensamento de Celso Furtado ganhou de imediato a adesão de pesquisadores e cientistas sociais do mundo todo.
Em sua resposta ao Presidente Lula, o economista Celso Furtado lembrou que o Brasil é um dos países mais bem dotados em potencial de desenvolvimento, cabendo-lhe, portanto, um papel de liderança no combate ao subdesenvolvimento. A essa luta ele dedicou o melhor de sua criação intelectual e de sua atuação como homem público, no Brasil e no exterior. Preservar seu vasto legado, adequando-o às realidades que se esboçam neste início de século, é o compromisso do Centro Celso Furtado. É o melhor tributo que podemos prestar a essa personalidade-síntese do esforço de um povo para ser dono do próprio destino.
Em 8 de setembro de 2005, o projeto do Centro Celso Furtado foi apresentado aos participantes da Conferência de Helsinque. O manifesto então divulgado é o texto fundador que, em 16 pontos, norteia e resume os princípios e objetivos do Centro Celso Furtado.
Em 22 de novembro de 2005 reuniu-se a primeira Assembleia Geral do Centro Celso Furtado, aprovando seus estatutos e sua primeira diretoria, composta por Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente institucional, Maria da Conceição Tavares (depois substituída por Ricardo Carneiro), presidente acadêmica, Rosa Freire d’Aguiar Furtado, presidente cultural, e pelos diretores Hildete Pereira de Melo, Carlos Tibúrcio e Claúdio Salm (depois substituído por Carlos Pinkusfeld Bastos).
Ficou estalecida a sede nas depedências do BNDES, um dos associados patronos fundadores, junto com Petrobras e Caixa Econômica Federal, aos quais se somariam a Eletrobrás, o Banco do Nordeste e a Adece (Agência de Desenvolvimento do Ceará).
Em setembro de 2009, os sócios do Centro, reunidos em Assembleia Geral, aprovaram a revisão do estatuto e elegeram a nova diretoria, agora composta de um diretor-presidente e quatro diretores para mandato de três anos. Na ocasião, foram eleitos Luiz Carlos Delorme Prado – como diretor-presidente (substituído pelo conselheiro Marcos Formiga) – e os diretores Rosa Freire d’Aguiar Furtado, Carlos Tibúrcio, Fábio Stefano Erber (após seu falecimento foi sucedido por Carmem Feijó) e Antonio Correa de Lacerda.
Como membros do Conselho Deliberativo foram eleitos André Tosi Furtado, Luiz Felipe de Alencastro, Marcos Dantas, Rosa Freire d'Aguiar Furtado (reeleita), Samuel Pinheiro Guimarães (reeleito e escolhido presidente do Conselho), Theotonio dos Santos Junior e Wilson Cano.
Leia o relatório de 10 anos do Centro Celso Furtado (2005-2015).