Commodities, choques externos e crescimento: reflexões sobre a América Latina
CARNEIRO, Ricardo Serie Macroeconomía del desarrollo N° 117, CEPAL, Nações Unidas, janeiro de 2012.
Artigo
A elevação de preços das commodities, cuja duração alcança quase uma
década, tem levado muitos economistas a rever as suas concepções a
respeito das possibilidades de desenvolvimento das economias
especializadas na sua produção. Continuar lendo
Até o início dos 2000, não era incomum
mesmo em searas ortodoxas, as referências à deterioração dos termos de
intercâmbio como fator impeditivo do desenvolvimento e mesmo, alusões
ao caráter paradoxal da benesse da abundância dos recursos naturais como
geradora de seu contrario; a maldição.
A intensidade, em termos de patamar, a abrangência, quanto ao
número de produtos, e a duração, em número de anos, do aumento de
preços, sugere que se está diante de fatos históricos particulares a requerer
uma análise e reflexão aprofundadas. Este trabalho se propõe a abordar este
tema, destacando uma questão de fundo: até que ponto agora é diferente?
Estaremos de fato diante de uma nova configuração do sistema mundial e de
novas tendências nos preços, que podem se constituir num importante
incentivo para o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos,
particularmente na América Latina?
Para abordar o assunto, optou-se por privilegiar alguns aspectos
dentre tantos outros possíveis, bem como, lançar mão de informações
estatísticas para um período mais largo, na esperança de que o passado
ajude a entender o presente. Assim, são examinados na sequência do
texto: a natureza da produção de commodities e o desempenho comparado
dos países periféricos nelas especializados; a tendência secular dos preços,
no que tange a patamares, volatilidade e correlação; a recente
financeirização dos preços; os padrões de especialização produtiva na
América Latina e os perfis alternativos de política econômica; os arranjos
de políticas internacionais.
Documento de Referencias Bibliográficas da Obra de Raúl Prebisch
CEPAL CEPAL, Nações Unidas, 2012.
Artigo
La presente bibliografía de Raúl Prebisch es un primer subproducto de una base de datos en construcción, que pretende cohesionar y catalogar todos sus escritos y luego construir un repositorio digital. Continuar lendo
Este trabajo se apoya en esfuerzos anteriores muy importantes, como el de José Besa -quien elaboró una bibliografía para CEPAL en 1986, ampliada en 2006 (Raúl Prebisch, Escritos 1919-1986, CEPAL, 2006), y el de Carlos Mallorquín, quien generosamente nos facilitó su trabajo bibliográfico. Agradecemos a estos dos autores su colaboración en este trabajo y también a todo el personal de la Biblioteca de CEPAL, Sede Santiago.
Inclusão, democracia e novo-desenvolvimentismo – um balanço histórico
CEPÊDA, Vera Alves Estudos avançados 26 (75), 2012.
Artigo
O termo desenvolvimento é reconhecidamente polêmico e seu significado,
gerador de aguda controvérsia no debate político e intelectual. Continuar lendo
Parte
dessa tensão deriva de sua polissemia conceitual ao atravessar inúmeras
áreas, diversos momentos históricos e por aninhar-se no coração de algumas
das mais complexas correntes teóricas produzidas em mais de quatro séculos
de pensamento ocidental. Uma primeira dificuldade ao se tratar do tema do
desenvolvimento é sua aproximação com duas concepções também espinhosas:
as noções de evolução e de progresso. Uma segunda dificuldade é separar desenvolvimento
de desenvolvimentismo.
CINTRA, Marcos Antonio Macedo Revista Rumos, nº 278, novembro/dezembro 2014.
Entrevista
Analisar a história durante seu transcurso é um desafio e tanto, pois é difícil entender todos os desdobramentos sociais enquanto são vividos, daí ver-se o grande trabalho desenvolvido pelos editores André Bojikian Calixtre, André Martins Biancarelli e Marcos Antonio Macedo Cintra ao traçar um retrato do desenvolvimento do Brasil na atualidade e orientar as perspectivas futuras. Continuar lendo
Ganham contorno a questão da (des)industrialização, a exportação apoiada em commodities e o “modelo de desenvolvimento inclusivo”. Macedo Cintra explicita que é preciso construir uma nova trajetória de crescimento, que dependerá de um amplo programa de investimentos em infraestrutura e uma forte articulação governamental.
COSTA, Fernando Nogueira da Revista Rumos, nº 278, novembro/dezembro 2014.
Artigo
No mês que precedeu as eleições, ele escreveu quase um artigo por dia. Continuar lendo
O economista e doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Fernando Nogueira da Costa avaliou o processo eleitoral
como “intenso e exaustivo, mas extremamente proveitoso”, por ter permitido a discussão de uma grande quantidade de assuntos e projetos. Recentemente o professor tem se dedicado aos estudos das finanças pessoais e dos trabalhadores.
Em sua avaliação, a reeleição de Dilma Rousseff dá ao Brasil um cenário bastante otimista. Os resultados mais expressivos, ele avisa, só serão percebidos em 2022.
Desenvolvimento econômico brasileiro contemporâneo e a Caixa: o papel do FGTS
COSTA, Juliana Carmargos O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: trabalhos premiados / Juliana Camargos Costa ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Artigo
Esta monografia tem por objetivo analisar o papel da Caixa Econômica Federal, por
meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no desenvolvimento econômico
contemporâneo brasileiro. Continuar lendo
A razão do tema deve-se à publicação, pelo Banco Mundial, em
2005, do relatório Brazil Investment Climate Assessment, que propõe a extinção do FGTS sob
a justificativa de que ele prejudicaria o crescimento econômico do país e a relação entre
firmas e empregados. A partir de dados numéricos e de ensaios estatísticos, procurou-se
mostrar a relevância dos recursos do Fundo como fonte de renda para os trabalhadores
desempregados, permitindo a manutenção do consumo e da atividade econômica durante
os períodos de recessão. Analisando-se as críticas do Banco Mundial ao FGTS à luz das
teorias da demanda efetiva, de Keynes, e da teoria do excedente, de Sraffa, concluiu-se que
a visão do Banco Central deriva da teoria neoclássica, a qual apresenta sérias inconsistências.
O Programa Minha Casa, Minha Vida e a Caixa Econômica Federal
D'AMICO, Fabiano O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: trabalhos premiados / Juliana Camargos Costa ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Artigo
O desenvolvimento econômico do Brasil está diretamente ligado à solução dos seus
principais problemas sociais, dentre os quais se destaca o déficit habitacional, classificado
em dois tipos: o déficit por incremento de estoque e o déficit por reposição de estoque, e que
atingem principalmente as classes sociais mais pobres. Continuar lendo
Nesse sentido, segundo a concepção
de desenvolvimento através da liberdade elaborada por Amartya Sen, o acesso à moradia
é visto como condição para a promoção das liberdades dos indivíduos e, consequentemente,
para o desenvolvimento do país. Por esta razão, foi implantado em 2009 o Programa Minha
Casa, Minha Vida (PMCMV), cujo objetivo principal é facilitar a aquisição da casa própria
pelas famílias com renda mensal entre zero e dez salários mínimos, sobretudo por aquelas
localizadas nas periferias das grandes cidades. Para isso, o governo federal delegou à Caixa
Econômica Federal (Caixa) a gestão operacional do programa e dos seus recursos, visto
que essa instituição é dotada de uma série de características que a tornam a única do país
capaz de executar os compromissos propostos pelo Programa.
DANTAS, Marcos; BOLAÑO, César; LIMA, Venício Arthur de Cadernos do Desenvolvimento. Ano 3, nº 4. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2008.
Seminário
Marcos Dantas- As comunicações a caminho da convergência digital: A questão das comunicações é hoje tão importante como a cultura e a economia: uma importante e dinâmica frente de acumulação de capital foi aberta pelas grandes empresas de comunicações. Continuar lendo
Esse setor é foco de geração de renda, de geração de empregos, de geração de receita.
César Bolaño- A luta pela democratização das comunicações: As telecomunicações são um fator chave e um dos poucos em que a política industrial dos governos militares mostrou-se relevante. No Brasil, o setor se estruturou de forma parecida aos sistemas de telecomunicações da Europa, nos quais a emissão era controlada por uma grande empresa estatal.
Venício Arthur de Lima- Os limites da democratização das comunicações: regulação e estrutura de poder
Apresenta um rápido diagnóstico que, certamente, não vai ser muito otimista, da mídia brasileira, sobretudo da radiodifusão.
Consórcios intermunicipais em foco: debate conceitual e construção de quadro metodológico
para análise política e institucional
DIEGUEZ, Rodrigo Chaloub Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
O objetivo do artigo é realizar uma discussão sobre consórcios intermunicipais a partir de um debate con- ceitual e da construção de uma metodologia de análise político-institucional. Continuar lendo
Primeiro, foi estabelecida uma definição mínima deste tipo de consórcio tendo como referência seus elementos principais que constituem as estruturas legal, institucional e política. Em seguida, foi desenvolvida uma metodologia para analisar os fatores que caracterizam o processo decisório envol- vido na formação e desenvolvimento institucional dos consórcios intermunicipais. Nesse sentido, foi ela- borado um quadro composto de três eixos analíticos com base na revisão da literatura nacional produzida sobre o assunto e na incorporação de questões levan- tadas por trabalhos que se debruçaram sobre outros objetos de estudo. Os critérios propostos buscam analisar o processo de autonomização institucional; a presença de mecanismos democráticos de participa- ção e controle; e a coesão interna necessária para man- ter sua vitalidade como arena política de cooperação intermunicipal.
ECCARD, Frederico Pinto; TEIXEIRA, Rudolph Fabiano Alves Pedroza; CESARINO, Frederico Nicolau; MAZZINI, Maurício Carvalho; CASTRO, Lisa Biron de Araújo; PEIXOTO, Mariana do Carmo de Almeida Monografias premiadas : Eletrobras 50 anos / Frederico Pinto Eccard ... [et al.] ; apresentação de José Viegas Filho ; introdução de José da Costa Carvalho Neto – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Eletrobras, 2012. 2012.
Artigo
Associada ao Centro Celso Furtado desde a sua criação em 2005, a Eletrobras comemora
em 2012 o 50º aniversário da sua fundação. Continuar lendo
O Centro se associa a estas festividades
sublinhando a importância da ação da Eletrobras para o desenvolvimento do país.
O concurso de monografias cujos trabalhos premiados são publicados nesta obra foi
organizado com a participação de alguns dos mais ilustres sócios do Centro Celso Furtado,
os professores Tania Bacelar de Araújo, Hildete Pereira de Melo Hermes de Araújo,
Adilson de Oliveira, presidente do júri, e de eminentes especialistas da história e desafios
da eletricidade no Brasil, Ruderico Ferraz Pimentel e Paulo Brandi de Barros Cachapuz, a
quem agradecemos.
Um especial agradecimento também a Jorge de Oliveira Camargo, Chefe da Divisão de
Estudos de Demanda de Energia Elétrica da Eletrobras, e membro do Conselho Deliberativo
do Centro Celso Furtado, pelo interesse com que segue as atividades do Centro.
Os prêmios deste concurso foram entregues aos funcionários premiados pelo Presidente
da Eletrobras, eng. José da Costa Carvalho Neto, no âmbito do 1º Congresso do Centro
Celso Furtado, que se realizou em agosto de 2012 no Centro de Estudos do BNDES, no Rio
de Janeiro.
Festejando os 50 anos da Eletrobras o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas
para o Desenvolvimento marca o seu compromisso com o futuro do serviço público numa
área essencial ao desenvolvimento do país, e celebra a empresa que está levando a eletricidade
a todos os lares do Brasil.