Os conceitos de desenvolvimento e nacionalismo na crítica ao regime militar
BARBOSA, Leonardo Martins Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
O objetivo deste artigo é analisar as narrativas por meio das quais autores inseridos no contexto intelectual da Escola Paulista de Sociologia – tais como Fernando Henrique Cardoso, Octavio Ianni, Francisco Weffort e Francisco de Oliveira – organizam a crítica ao regime militar (1964-1985) no Brasil. Continuar lendo
A hipótese desenvolvida é a de que essas narrativas, constituídas de três expe- riências ao longo da ditadura, relacionam-se com a crítica realizada ao nacionalismo-desenvolvimentista, durante a década de 1950, e produzem importan- tes inflexões semânticas em conceitos fundamentais à formação política brasileira, tais como nacionalismo, desenvolvimento e democracia.
Apresentação Livro de Trabalhos Premiados CICEF-CAIXA
BASTOS, Carlos Pinkusfeld O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: trabalhos premiados / Juliana Camargos Costa ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Artigo
É com grande satisfação que a Caixa Econômica Federal e o Centro Internacional Celso
Furtado trazem a público, com o lançamento deste livro, as monografias vencedoras do
Primeiro Concurso Nacional Caixa de Monografias. Continuar lendo
Dificilmente tal concurso poderia ocorrer
em momento mais feliz. Após décadas de pouco dinamismo, a Caixa Econômica Federal
assumiu, nos anos recentes, papel crucial no enfrentamento de um dos maiores desafios do
desenvolvimento brasileiro: o enorme déficit habitacional que nos persegue há muito.
A busca pelo desenvolvimento econômico com inclusão social foi precisamente a paixão
que, por toda sua vida, mobilizou Celso Furtado, decano dos economistas do desenvolvimento
no Brasil. Assim, esta iniciativa conjunta expõe ao público – e mesmo reforça – os vínculos
de uma comunhão de ideias que se estabeleceu desde a fundação do Centro Celso Furtado,
em 2005.
O Desenvolvimentismo: do pós-guerra até meados dos anos 1960
BIELSCHOWSKY, Ricardo O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
Desenvolvimento econômico é o crescimento com transformação estrutural, que conduz ao aumento de produtividade no trabalho e à melhoria do bem-estar. Continuar lendo
Nem sempre vem acompanhado de melhor distribuição de renda, e quase jamais caminha com a preservação ambiental. É também a ideologia de promoção do processo de desenvolvimento econômico por meio de uma combinação entre Estado e mercado. Hoje, o mercado é governado por ações públicas e não tem a primazia na realização da eficiência econômica por si só.
O último número (9) dos Cadernos do Desenvolvimento, que aliás inaugura uma nova fase desta importante publicação do Centro Internacional Celso Furtado, oferece-nos uma entrevista do economista Luciano Coutinho, presidente do BNDES, extremamente interessante e esclarecedora sobre as diretrizes adotadas com sucesso pela economia brasileira nos últimos anos, que resultaram em posições bastante sólidas em dois aspectos que historicamente nos abriam quase permanentemente agudas vulnerabilidades: o aspecto fiscal, equilibrado em definitivo pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e o aspecto cambial, robustecido pela condução hábil do setor que acumulou reservas jamais imaginadas antes pelos nossos economistas. Continuar lendo
Apoiado nessas posições sólidas, o Brasil superou com relativa facilidade a crise de 2007-08, utilizando competentemente a ação estratégica e decisiva dos seus bancos públicos, entre os quais, o mais importante, o próprio BNDES.
Tese | Thaiz Silveira Braga | Programas públicos de microcrédito produtivo e orientado: uma avaliação da eficácia do Crediamigo para a inserção da população de baixa renda do setor informal no mercado de crédito
BRAGA, Thaiz Silveira 2011.
Artigo
O microcrédito constitui serviço de intermediação financeira destinado à população de baixa
renda, permitindo- lhe acesso a financiamento e, consequentemente, ao desenvolvimento das
suas atividades produtivas. Continuar lendo
As iniciativas de utilizar o microcrédito como instrumento de
política pública de geração de emprego voltado para os pequenos produtores do setor informal
de baixa renda no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado
(PNMPO) caracterizam-se como objeto de interesse deste estudo. Busca-se avaliar o
programa CrediAmigo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), com vistas a identificar a
eficácia deste para a inserção da população pobre do setor informal no mercado de crédito
produtivo. Para a consecução deste objetivo geral é estimada a demanda potencial do
microcrédito no Brasil por meio da construção de categorias de análise referentes às formas
de inserção no setor informal. A base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional por Amostras
de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de
2009. São apresentados o contexto e as diretrizes para a política pública direcionada ao setor
informal, destacando-se a evolução da atividade de concessão de microcrédito aos produtores
informais, através do PNMPO, com destaque para o programa CrediAmigo do BNB. Por fim,
o programa CrediAmigo é avaliado quanto a adequação e cobertura do público efetivamente
atendido com relação ao público alvo, capacidade de expansão dada a demanda potencial e
combinação de instrumentos de apoio. A presente pesquisa é um trabalho de natureza
descritiva, qualitativa e quantitativa de corte transversal com base em dados secundários, que
utiliza a estratégia de estudo de caso. O estudo aponta para o baixo desempenho dos
programas de microcrédito produtivo orientado diante dos desafios colocados para o
desenvolvimento do segmento de microfinanças no Brasil, no que tange a inclusão social e
econômica dos trabalhadores informais mais pobres no mercado de crédito produtivo.
An account of new developmentalism and its structuralist macroeconomics
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Brazilian Journal of Political Economy, vol. 31, nº 3 (123), pp.493-502, July-September/ 2011.
Artigo
This is a personal account of the definition of “new developmentalism” — a national development strategy alternative to the Washington consensus —, and of a “structuralist development macroeconomics”: the sum of models that justifies
theoretically that strategy. Continuar lendo
It is personal account of a collective work involving Keynesian, institutionalist and structuralist economists in Brazil that are forming a new school of thought in Brazil: a Keynesian-structuralist school. It is Keynesian
because it emphasizes the demand side or the investment opportunities’ side of economic growth. It is institutionalist because institutions obviously matter in achieving growth and stability. It is structuralist because it defines economic development as a structural change from low to high value added per capita industries and because it is based on two structural tendencies that limit investment opportunities: the tendency of wages to grow below productivity and the tendency to the cyclical overvaluation of the exchange rate.
As duas fases da história e as fases do capitalismo
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Crítica e Sociedade: revista de cultura política. v.1, n.1, jan./jun, 2011.
Artigo
Podemos olhar a sociedade capitalista em que vivemos sob diversos ângulos: em termos técnicos, o que sugere um capitalismo industrial ou então pós-industrial. Continuar lendo
Ou em termos de abertura de mercados, o que nos permite falar em globalização. Ou sob um ponto de vista político, e então teremos o Estado democrático liberal ou então o Estado democrático social. Ou em termos culturais, e falaremos em modernidade. Ou ainda em termos sociológicos, e teremos o capitalismo profissional ou do conhecimento ou tecnoburocrático. Neste caso teremos os vários tipos de sociedades pré-capitalistas e o capitalismo, que, por sua vez, tomando-se como referência nações que primeiro completaram sua revolução capitalista, passa por duas fases: no século XIX, a fase do capitalismo clássico ou liberal, e a partir do início do século XX até hoje, o capitalismo profissional. Neste texto quero começar discutir a esse tipo de capitalismo de um ponto de
vista histórico, em termos das etapas ou fases por que têm passado as sociedades nacionais depois que realizam sua revolução capitalista.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Folha de S.Paulo, 26 de setembro de 2011.
Artigo
Desde 1991 a política econômica do Brasil se pautava pelo ortodoxia convencional ou o consenso de Washington. Continuar lendo
A partir, porém, de 2006, já com Guido Mantega no Ministério da Fazenda e Luciano Coutinho no BNDES, o governo Lula começou a mudar a estratégia de desenvolvimento em direção ao novo desenvolvimentismo.
Uma revisão da Teoria de Estagnação de Celso Furtado e a crise econômica dos anos 1960
BUGELLI, Alexandre Hamilton; PIRES, Júlio Manuel Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
O presente artigo trata da revisão da Teoria da Estagnação Econômica de Celso Furtado, forjada durante os períodos de crescimento industrial do pós-guerra, paradoxalmente marcados por altas taxas de crescimento econômico, depressão e novo ciclo de crescimento, em um contexto no qual as formulações daquele autor foram amplamente analisadas. Continuar lendo
O artigo “Political Obstacles to Economic Growth in Brazil”, editado em 1965, durante o exílio, quando o econo- mista lecionou como professor convidado em Yale, nos Estados Unidos, constitui uma fonte de alguns pensamentos pouco explorados do autor.