Cooperação Sul-Sul e desenvolvimento sócioeconômico: o caso Caixa Econômica Federal
MACIEL,Tadeu Morato O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: trabalhos premiados / Juliana Camargos Costa ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Artigo
Em meio à estabilidade político-econômica conquistada pelo Brasil nos anos recentes, podemos identificar a crescente ampliação e redefinição dos interesses externos do país, que expande gradativamente as fronteiras de suas ações internacionais, procurando possibilidades que estejam além dos relacionamentos costumeiros, e que auxiliem no desenvolvimento nacional. Continuar lendo
As atuais negociações para novos projetos de cooperação técnica com a África, a América Latina e os demais países da chamada cooperação Sul-Sul – ou cooperação horizontal – exemplificam essa situação. Em coerência com essa estratégia está o princípio da “não indiferença” na diplomacia brasileira, o qual possibilitaria o estabelecimento de espaços mais interligados e solidários de resolução dos conflitos usuais em diversas sociedades. Nesse sentido, o Brasil demandou a participação de diversas instituições brasileiras que possuem indiscutível know-how em áreas basilares nesse esforço de cooperação para o desenvolvimento.1 Nesta monografia, será analisado o caso da Caixa Econômica Federal, a qual, na última década, tem sido intensamente requisitada a participar do esforço de cooperação internacional. Com base nessa dinâmica, este trabalho visa a compreender como o Brasil considera a cooperação Sul-Sul uma importante ferramenta de inserção internacional e desenvolvimento socioeconômico consistentes, utilizando a Caixa Econômica Federal como foco da análise.
Celso Furtado: Desenvolvimento e Democracia No Brasil pré-revolucionário
MARRECA, Pedro Paiva Monografia (Graduação em História) Primeiro colocado no 1º Prêmio Centro Celso Furtado-BNB. Rio de Janeiro: PUC-RJ, 2011.
Teses e Monografias
O presente estudo tem como objetivo analisar os conceitos “Desenvolvimento” e “Democracia” nos livros “A pré-revolução brasileira” (1962) e “A dialética do desenvolvimento” (1964), ambos escritos por Celso Furtado, e se restringe à análise do discurso do autor nos quatro primeiros anos da década de sessenta. Continuar lendo
É analisada a forma que Furtado articula os conceitos enquanto parte do “discurso político” da época, e é denotada uma apropriação singular que esse faz desses conceitos em relação ao debate intelectual do período. Outros conceitos como “Liberdade”, “Revolução”, “Estado”, “Luta de Classes”, “Marxismo” e “Ideologia” serão abarcados. Este trabalho está dividido em quatro partes, sendo a primeira a Introdução, seguido por dois capítulos de análise crítica dos dois livros, e o quarto, a conclusão, que, além das considerações finais, traz uma breve proposta de análise do diálogo entre Furtado e dois teóricos da democracia, respectivamente J. A. Schumpeter e R. Dahl.
A expansão do mercado de crédito brasileiro no período 2004-2009:
determinantes, condicionantes e sustentabilidade
MARTINS, Norberto Montani; FERRAZ, Camila de Araújo Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
A partir de 2004 um novo padrão de crescimento continuado do volume de crédito no Brasil sinalizou a ampliação e o aprofundamento desse mercado no país, principalmente do crédito às Pessoas Físicas. Continuar lendo
O objetivo geral deste trabalho é apresentar um pano- rama da evolução do crédito no Brasil no período 2004-2009, destacando os fatores que permitiram esta inédita expansão e dando ênfase aos condicionantes macroeconômicos, bem como às mudanças institu- cionais deste mercado. De modo específico, busca-se analisar que fatores determinaram a intensa expansão verificada no segmento de Pessoas Físicas, ressaltando a instituição do crédito consignado. Constatou-se que a melhora do ambiente macroeconômico, o cres- cimento do emprego e a elevação da massa salarial, aliados à instituição do crédito consignado em folha de pagamento, foram os principais determinantes deste desempenho. Este comportamento se mostrou sustentável, tanto em termos de risco quanto de pro- longamento, ao longo do período, a despeito da crise financeira internacional.
Indústrias centrais e pioneiras no desenvolvimento regional
MEDEIROS, Rodrigo Loureiro; SANTOS, Gustavo Anais do I Circuito de debates acadêmicos. CODE, IPEA, 2011.
Artigo
Resumo: O artigo trata a teoria do desenvolvimento a partir da identificação de indústrias-chave à sustentabilidade desse processo. Continuar lendo
Contribuições teóricas de Fernando Fajnzylber ajudam a identificar essas indústrias e a propor linhas de ação desenvolvimentistas para o presente. Uma nova taxonomia será criada para a proposição de políticas de desenvolvimento industrial regional: indústrias centrais e pioneiras.
Abstract: The article deals with the theory of development from the identification of key industries to the sustainability of this process. Theoretical contributions by Fernando Fajnzylber help identify those industries and to propose courses of action for the present. A new taxonomy is created for the proposal of regional industrial development policies: core and pioneering industries.
1961. Sudene- consolidação nacional e reinserção internacional
MOURA, Diogo Villela Garcia Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 8. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
Aborda o ano de 1961 a partir dois eixos de análise: no âmbito interno pretende destacar os conflitos políticos que decorrem do sucesso da criação da Sudene, em que se colocam de um lado, Celso Furtado e os agentes de transformação estrutural da Região Nordeste, e, de outro, os agentes interessados em manter suas posições políticas e econômicas. Continuar lendo
E no âmbito da política externa visa esclarecer a importância da Sudene para o Nordeste brasileiro.
PAULANI, Leda O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
Nosso primeiro ponto, aqui, é separar discurso neoliberal e pensamento neoliberal. Continuar lendo
O
discurso neoliberal é o da prática neoliberal, que ouvimos no dia a dia e que contém as
mesmas recomendações de política, a mesma cantilena: o Estado é ineficiente, o mercado é
sempre melhor e carrega em si toda a eficiência do mundo. Essa tese foi se fortalecendo nas
duas últimas décadas do século passado e se tornou ensurdecedora da metade dos anos
1990 até a crise de 2008.
Outra coisa é o pensamento neoliberal, a doutrina neoliberal. As ideias não caem do céu
e tampouco se sustentam sozinhas, principalmente as ideias sobre a sociedade, sua forma
de se organizar, a relação do individuo com a sociedade, da sociedade com o Estado e do
individuo com o Estado. Quando esse pensamento se torna dominante ele tem uma razão
material por trás de si, fazendo com que o discurso ganhe espaços maiores.
Uma breve história do desenvolvimentismo no Brasil
PEREIRA, José Maria Dias Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
O ciclo de reformas neoliberais praticadas pelos países latino-americanos nas últimas duas décadas embora tivesse trazido, para alguns deles, crescimento eco- nômico desviou-os do caminho do desenvolvimento, no sentido que é dado ao termo por Celso Furtado. Continuar lendo
A crescente incorporação da ideologia neoliberal nos textos de economia deixava para trás as políticas intervencionistas e, com elas, o legado do desenvolvi- mentismo. Não foram poucos os que afirmaram que Keynes estava definitivamente morto e enterrado. Porém, a forma como os países reagiram ante a recente crise financeira global provou que, ao contrário do que muitos supunham, Keynes está vivo e manda lembranças. Este artigo, tomando o Brasil como um “estudo de caso”, tem como proposta ajudar a retirar o pensamento econômico originado na Cepal do rela- tivo esquecimento em que se encontra, dando uma pequena contribuição para sua necessária renovação diante do mundo globalizado.
Pierangelo Garegnani nasceu em Milão, Itália, em 1930 e estudou “„scienze politiche” (“ciências políticas”, i. Continuar lendo
e., política e economia) na Universidade de Pavia. Sua “tesi di Laurea” (monografia de fim de curso) sobre a teoria do valor de Ricardo, escrita sob o estímulo dado pela introdução de Sraffa à edição das obras completas de David Ricardo em 1951, lhe rendeu uma bolsa para realizar sua pósgraduação em Cambridge, em 1953, onde obteve seu PhD em Economia.
POCHMANN, Márcio O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
Minha explanação se divide em duas partes. Continuar lendo
A primeira, mais breve, será uma reflexão
acerca do Brasil nos dias atuais. A segunda, maior que a primeira, destina-se ao exame dos
desafios que um país como o nosso tem de enfrentar do ponto de vista do desenvolvimento.
São três grandes desafios, que, na verdade, constituem desafios da própria humanidade
neste século XXI.
Nós temos condição de fazer uma afirmação: o Brasil não aceita mais ser liderado. O país
quer liderar a construção compartilhada de outro padrão civilizatório. Isso não é algo
simples num país com as nossas especificidades, que não está no centro do desenvolvimento
da economia mundial. Somos considerados ainda um país subdesenvolvido, que não carrega
na bagagem as mesmas conquistas que outros obtiveram.
Economia política da crise econômica nos Estados Unidos: a retomada está em andamento?
PRADO, Luiz Carlos Delorme Jornal dos Economistas, nº 264, pp.3-4, Julho/ 2011.
Artigo
Crises econômicas têm sua própria dinâmica. Continuar lendo
Em seu percurso tradicional emergem como um crash e terminam
como uma crise política. Foi assim na década de 1930 e está sendo assim sete décadas depois. A crise atual eclodiu com
o estouro da bolha do subprime e adquiriu dimensão política nas disputas geradas pela administração
dos grandes déficits públicos nos EUA e na Europa. Tal como a crise de 1930, interpretações da crise atual têm sido
uma arena de debate das diversas correntes econômicas.