Diálogo das teses do subdesenvolvimento de Rostow, Nurkse e Myrdal com a teoria do desenvolvimento de Celso Furtado
GUIMERO, Rafael Gonçalves Dissertação, Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFSCar, São Carlos, 2011.
Teses e Monografias
O período posterior ao fim da I Guerra Mundial e a crise de 1929 introduz (a partir da crítica ao modelo econômico liberal e o surgimento das estratégias de desenvolvimento planificado e da alternativa keynesiana da regulação econômica) um novo problema de nvestigação: o tema do atraso e da condição de subdesenvolvimento. Continuar lendo
Em termos da literatura mundial, esta problemática foi trabalhada de maneira original e vigorosa por Ragnar Nurkse em “Problemas de formação de capital em países subdesenvolvidos”,por Rostow em “Etapas do desenvolvimento Econômico”, e por Gunnar Myrdal em “Teoria Econômica e Regiões Subdesenvolvidas”. Estes trabalhos e autores não apenas foram bem recebidos pela intelligentsia nacional-desenvolvimentista, como influenciaram fortemente a teoria do subdesenvolvimento de Celso Furtado. Nesta pesquisa são dois os objetivos buscados: 1) identificar no diálogo estabelecido entre os argumentos de Rostow, Nurkse e Myrdal a concordância, guardadas as suas devidas proporções na obra de Furtado (autor undamental na compreensão da questão do desenvolvimentismo dos anos 50/60); 2) analisar de que maneira essa influência foi recebida, apropriada e ressignificada segundo as perspectivas de Furtado na formulação da Teoria do Desenvolvimento para o planejamento industrial brasileiro.
A questão rural na América Latina. Subdesenvolvimento ou dependência cultural?
Reflexões a partir da obra de Celso Furtado
HERRERA-JARAMILLO, Mauricio Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
Este artigo pretende mostrar como a busca pelo sonhado desenvolvimento caiu num círculo vicioso que nos impede de compreender que, além da suposta condição de subdesenvolvidos, o fator que determina a nossa própria crise é a histórica dependência cultu- ral resultante dos diferentes processos de invasão a que fomos submetidos. Continuar lendo
Para elucidar essa questão e tentar encontrar respostas, tomaremos por base o conheci- mento ‘marginal’ gerado pela escola do Estruturalismo Latino-americano, particularmente as contribuições de Celso Furtado sobre a relação entre cultura e desen- volvimento; bem como os estudos rurais na América Latina que abordam a relação de modelos de desenvol- vimento e de desenvolvimento rural.
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Unindo potências para financiar um grande Brasil
HORN, Calos Henrique Revista Rumos, nº 278, novembro/dezembro 2014.
Artigo
O ano de 2014 foi marcado por intensos debates sobre o futuro do Brasil em meio ao processo eleitoral que levou à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Continuar lendo
Alguns desses debates, notadamente aqueles que versaram sobre as instituições
e o funcionamento da economia brasileira, abordaram temas diretamente associados ao cerne da atividade da Associação
Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), qual seja, o financiamento do desenvolvimento econômico e o papel das instituições
públicas. Neste artigo, procuro recuperar a trajetória da associação nos últimos anos a fim de sistematizar sua agenda
de trabalho em prol da construção de um verdadeiro Sistema Nacional de Fomento (SNF).
A evolução do federalismo cooperativo e a persistência das desigualdades regionais no Brasil
ISMAEL, Ricardo Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 7. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2010.
Seminário
As características do modelo federalista adotado em cada país podem influenciar significativamente a questão das desigualdades sociais e econômicas no território nacional.
KERSTENETZKY, Celia Lessa Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 7. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2010.
Seminário
O artigo aborda questões como: a economia política das políticas de combate à pobreza, a efetividade comparada de políticas focalizadas e universais, a justiça distributiva das políticas e dos resultados, as dimensões em que se medem a pobreza, o problema da participação dos “beneficiários”, a permanência na pobreza e a relação entre justiça distributiva e desenvolvimento.
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A cultura no pensamento (e na ação) de Celso Furtado: desenvolvimento, criatividade, tradição e inovação
KORNIS, George Revista Novos Estudos Cebrap, nº 96, julho/2013 2013.
Resenha
Ensaios sobre cultura e o Ministério da Cultura, organizado por Rosa
Freire d’Aguiar Furtado, é o quinto volume da série Arquivos Celso
Furtado e contém muitas informações sobre o pensamento de
Celso Furtado (1920-2004), um intelectual que teve a ousadia de ultrapassar
os limites disciplinares em favor da construção de uma dicção
autoral. Continuar lendo
Furtado foi um homem de pensamento e ação que circulou por
distintos territórios, da vida universitária a órgãos de governo, além de
transitar por organismos internacionais e nacionais. Essa publicação,
que reúne um conjunto bastante diversificado e pouco conhecido de textos
(documentos, artigos e entrevistas), apresenta o autor como intelectual,
homem público e um brasileiro de projeção internacional.
LACERDA, Antonio Correa de O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
O Brasil foi um dos países que mais mudou nos últimos dez anos, conquistando uma maior
capacidade de caminhar com suas próprias pernas, por depender menos de recursos externos
e adquirindo crescente respeitabilidade no mercado internacional. Continuar lendo
Mas estamos diante de
grandes desafios no que se refere à inserção internacional, entre os quais: o melhor
aproveitamento e a definição de regras para os investimentos estrangeiros; a melhoria da
qualidade da nossa pauta de exportação, ampliando a participação de itens com maior valor
agregado; a proteção contra os efeitos da volatilidade dos mercados; a concorrência gigantesca
com a China; o déficit em conta corrente do balanço de pagamento; e a manutenção do
crescimento das taxas de emprego. Além disso, o país precisa manter-se inserido no mercado
internacional, estimulando a competitividade e disseminando nossas tecnologias.
Pobreza: métricas e evolução recente no Brasil e no Nordeste
LAVINAS, Lena Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 7. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2010.
Seminário
Compara a dinâmica recente de queda da pobreza no Nordeste e no Brasil, discute as várias formas de mensurá-las e as dificuldades inerentes a cada metodologia, além de apresentar resultados relativos ao perfil dos beneficiários do Bolsa-Família e dos não beneficiários inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), no Recife, para refletir sobre os desafios de estimar a pobreza e enfrentá-la.
A reforma agrária como estratégia de desenvolvimento: uma abordagem a partir de Barraclough, Furtado, Hirschman e Sen
LEITE, Sérgio Pereira Boletim de Ciências Económicas, Coimbra, v.XLX, P. 3-38, 2007.
Artigo
É necessário repensar o processo de transformação rural a partir da reforma agrária como um veículo estratégico para o desenvolvimento econômico, social e sustentável. Continuar lendo
Isso tem implicações para o crescimento agrícola e econômico de forma mais geral, bem como para o processo de homogeneização social, a partir da idéia de desenvolvimento como um não constrangimento à liberdade. Altos níveis de desigualdade no início do processo de desenvolvimento (como, por exemplo, forte concentração da terra e da riqueza) pesam negativamente no crescimento econômico de longo prazo. Países com grande concentração de terra apresentaram baixo crescimento econômico quando comparados àqueles com uma estrutura fundiária mais igualitária. Níveis elevados de concentração econômica e fundiária também constituem uma barreira para a promoção da justiça social, deixando milhões de pessoas à margem da cidadania. Além de constituir-se numa condição para o desenvolvimento sustentável, a reforma agrária é um dos pontos fortes para viabilizar a expansão das capacidades de trabalhadores rurais sem terra e da população pobre do meio rural, de uma forma geral. Nesse sentido, ela integra a concepção de desenvolvimento nos termos propostos por Sólon Barraclough, Celso Furtado, Albert Hirschman e Amartya Sen.