Regimes de crescimento econômico no Brasil: evidências empíricas e implicações de política.
ARAÚJO, Eliane; GALA, Paulo Estudos avançados 26 (75), 2012.
Artigo
A literatura de orientação keynesiana tem desenvolvido modelos de
crescimento nos quais a demanda agregada determina a renda em termos
tanto nominais quanto reais, o que ocorre pela possibilidade de
insuficiências de demanda e pela influência que essa variável possui sobre o desenvolvimento
dos recursos produtivos. Continuar lendo
Tais modelos consideram ainda a influência
da distribuição de renda sobre as taxas de crescimento; isto é, os efeitos
que alterações na participação de salários e lucros na renda nacional exercem
sobre os diferentes componentes da demanda agregada, sobretudo consumo e
investimento. Destacam-se Bhaduri & Marglin (1990); Bowles & Boyer (1995);
Uemura (2000); Stockhammer & Onaran (2004); Naastepad & Storm (2006-
2007); Hein & Vogel (2008); Stockhammer et al. (2009), entre outros.
ARAÚJO, Tânia Bacelar de Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 1. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Seminário
Discutir a visão de Celso Furtado sobre o Nordeste remete, necessariamente, ao debate sobre a questão regional brasileira, tornada aguda no século XX. Continuar lendo
A causa do atraso do Nordeste está na sua formação histórica.
Encerramento Seminário Desenvolvimento Regional do Nordeste
ARAÚJO, Tania Bacelar de Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 7. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2009.
Seminário
A professora Tania Bacelar conclui que o tiramos desses 50 anos é que ficamos longe dos sonhos de Furtado, porque o próprio sonho da Sudene foi interrompido: ao invés de serem feitas as grandes transformações com as quais ele sonhava, construímos um Brasil que se modernizou numa parte e esqueceu a outra. Continuar lendo
E isso não aconteceu só com o Nordeste. O Nordeste reproduziu, ampliadamente, o que aconteceu com o Brasil, como disse Celso Furtado ao voltar do exílio e reencontrar o Nordeste. Ele disse que o Nordeste era “o espelho onde a imagem do Brasil se refletia com brutal nitidez”. Mas era a imagem do Brasil, só que mais brutal do que a média.
ARAÚJO, Tania Bacelar de Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 7. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2010.
O financiamento do desenvolvimento econômico, a distribuição de renda e a questão regional
ARAÚJO, Tânia Bacelar de O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
O Brasil construiu sua economia sobre um ambiente natural marcado por enorme diversidade. Continuar lendo
Ao longo de séculos, foi o país da pecuária, do açúcar, do café, da borracha...
E esses ciclos deixaram marcas importantes nas estruturas regionais e culturais do país.
Do ponto de vista étnico, o brasileiro se sente um povo miscigenado, e o é, mas o mix não
é o mesmo no Brasil como um todo. A presença indígena, por exemplo, é maior na região
Norte do país, e a dos afrodescendentes, no litoral do Nordeste e no Rio de Janeiro. O Sul
é muito mais europeu, e São Paulo é a síntese de tudo isso, com gente do mundo inteiro.
Todos esses fatores formaram uma herança fantástica e incomum.
O litoral do país, por exemplo, concentrou a população e a base produtiva, e, conseqüentemente,
a infra-estrutura e as instituições produtoras de conhecimento (por abrigar
a maioria das universidades). Começa-se, agora, a perceber um processo de interiorização,
mas a escolha da região litorânea é um componente forte na herança histórica do processo
de ocupação brasileiro.
A política regional no Brasil: uma análise dos planos para o Nordeste a partir de uma visão sistêmica
ARRUDA, Danilo Raimundo de Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
Este estudo consiste em identificar e analisar critica- mente, do ponto de vista teórico-metodológico, os planos de desenvolvimento formulados e implemen- tados para o Nordeste do Brasil. Continuar lendo
Para isso, utilizou-se da abordagem neoschumpeteriana. Realizou-se uma pesquisa documental, sendo analisados: a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (PDNE). Utilizou-se também de uma pes- quisa de campo com questionário semiestruturado, entrevistando-se 14 atores sociais, entre os quais estu- diosos e “fazedores de políticas” da região. Destacam-se os seguintes resultados: investimentos concentrados em fatores tangíveis; a ausência de estratégia para o campo científico, tecnológico; uma concentração espa- cial dos projetos nos estados de Pernambuco, Bahia e Ceará; um diagnóstico insuficiente para se compreen- der a realidade sistêmica, não levando em consideração a realidade política e institucional da região. Os resul- tados apontam para a necessidade de uma estratégia de política regional que promova a transformação da estrutura econômica e social.
Nas intenções expressas em textos ou apenas em discursos de novos projetos para o Brasil, a saúde só aparece de banda. Continuar lendo
Ora é um gasto a ser cortado, ora um benevolente programa de inclusão social. A conexão entre as ações assistenciais e seus resultados medidos em saúde quase desapareceu, levando junto a razão de ser do SUS universal. O objetivo do SUS é prolongar e melhorar o transcorrer da vida da população. Outros propósitos, tais como a premência da oferta de serviços sociais básicos para pobres, a obtenção de retornos de investimentos privados e a busca de votos, deveriam ser orientados pela progressiva e permanente ampliação do direito à saúde. O que era para ser meio virou fim. O par corrupção-sonegação, sempre presente nas explicações sobre o que era para ser mas não é, não captura a totalidade da perda do sentido original de um sistema de saúde para todos. Existem cordas esticadas para demarcar o uso particular de bens teoricamente comuns, consideradas lícitas. Ocorrências extravagantes, mas amparadas pelas leis, contribuem para a transformação do público em privado. As mais recentes podem ser lidas nas linhas ou entrelinhas das restrições e oportunidades da recessão econômica.