Avaliação da contribuição potencial das principais atividades agropecuárias para o desenvolvimento econômico da Região Noroeste do Rio Grande do Sul
TRENNEPOHL, Dílson Tese, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional Universidade de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul 2010.
Teses e Monografias
Este estudo tem como objetivo geral identificar, no processo histórico de desenvolvimento econômico da região Noroeste do Rio Grande do Sul, as principais atividades agropecuárias e analisar suas características com vistas a avaliar o potencial que elas representam enquanto propulsoras do desenvolvimento regional. Continuar lendo
Em seus objetivos específicos busca analisar o processo de ocupação do território regional, especialmente a constituição de sua estrutura econômica; analisar a trajetória histórica de transformações e redefinições de sua base econômica; analisar as características das principais cadeias agroindustriais, visando avaliar seu potencial de contribuição para o desenvolvimento da região; e apontar alternativas de aproveitamento das potencialidades econômicas identificadas, com vistas a apoiar e subsidiar a definição de estratégias para o desenvolvimento regional. Fundamentada na teoria da Base Exportadora elaborada por Douglass North a metodologia da pesquisa foi definida com cinco momentos principais: identificação das atividades produtivas estruturantes da economia regional; avaliação das perspectivas do mercado destas atividades em termos globais; analise do potencial competitivo da região nesses mercados tendo em vista o potencial das regiões concorrentes; analise das características técnicas de cada atividade, a organização de sua cadeia produtiva e a articulação com atividades complementares e subsidiárias no território; e dimensionamento do impacto econômico das atividades através de seu efeito multiplicador sobre a geração de renda no território. Com base nos resultados dessa análise, foi possível identificar a importância que tiveram a triticultura e a sojicultura para o desenvolvimento da região nas últimas décadas do século XX e a possibilidade de diversificação da base exportadora aproveitando o potencial de contribuição que representam a pecuária leiteira, a suinocultura e a avicultura que já alcançaram os padrões de competitividade nos mercados externos.
Também se mostrou viável a ampliação da articulação dos sistemas produtivos existentes na região, através de um esforço para internalizar novos elos das cadeias produtivas. A produção de mercadorias para a exportação gera uma demanda relativamente constante pelo fornecimento de máquinas e equipamentos, insumos agropecuários e industriais, serviços técnicos e de comercialização que podem ser fornecidos por agentes econômicos da própria região, evitando, assim, que uma parcela da renda obtida no exterior seja novamente remetida para fora para a compra de tais ingredientes da produção. Trata-se de um esforço para aumentar o efeito multiplicador da renda gerada pelas diversas cadeias produtivas que constituem a base exportadora. Por fim, considerando que as relações sociais de produção estão em permanente transformação, alterando continuamente as condições de competitividade é de fundamental importância para o desenvolvimento de uma região a capacidade empreendedora de seus agentes econômicos e a competência de seus sistemas de inovação. Descobrir novos mercados, encontrar novas fontes de matéria-prima, elaborar novos produtos, criar novos métodos de produção ou articular novos arranjos organizacionais são virtudes decisivas dos empreendedores para o desenvolvimento de seus negócios. É preciso manter a competitividade nos setores consolidados e aproveitar oportunidades que se apresentam para obter capacidade competitiva em novos segmentos.
VALADARES, Édilo Ricardo O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: trabalhos premiados / Juliana Camargos Costa ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Artigo
Esta obra reúne as produções vencedoras do Primeiro Concurso de Monografias Caixa. Continuar lendo
A iniciativa, em parceria com o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o
Desenvolvimento (Cicef), conjugada ao ciclo de palestras O Desenvolvimento Econômico
Brasileiro e a Caixa, foi muito feliz como resposta a essa convocação histórica e práxica. O
tema do concurso, condizente com o marco dos 150 anos da instituição, foi “O
Desenvolvimento Econômico Brasileiro e a Caixa”.
Impactos sociais e econômicos da atuação do Banco Interamericano de Desenvolvimento
nas políticas públicas
VIANA, Lúcio; FONSECA, Francisco Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
Analisa-se a atuação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) quanto ao financiamento de políticas públicas urbanas e sociais, notadamente o Programa de Revitalização do Centro de São Paulo (Procentro). Continuar lendo
Por meio de entrevistas com técnicos do Programa e de fontes documentais (contratos e relatórios) objetivou-se analisar os requisitos exigi- dos pelo Banco (à luz de sua trajetória) em duas dife- rentes gestões municipais: entre 2000 e 2004 (PT) – assinatura do contrato com o BID –, e 2004 e 2008 (PSDB/DEM): implantação do programa. Constatou-se que as políticas urbanas e sociais do BID são influenciadas por modelos internacionais voltados à lógica do custo-benefício e às chamadas “melhores práticas”, e se utilizam de técnicas geren- ciais exógenas às realidades locais. O estudo de caso do Procentro permitiu elucidar que tais práticas gerenciais e contrapartidas exigidas aos financiamen- tos de políticas públicas comprometem fortemente as políticas sociais inclusivas.
VIANNA, Marcos Pereira Memórias do Desenvolvimento. Ano 3, nº 3. Rio de Janeiro: Centro Internacional celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2009.
Entrevista
Marcos Viana foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico de 1970 a 1979. Continuar lendo
No período em que esteve à frente do Banco, incentivou a função privatista da instituição e o fortalecimento do setor privado no país; o Banco teve importante papel no sucesso do II Plano Nacional do Desenvolvimento.
VIANNA, Marcos Pereira Memórias do Desenvolvimento. Ano 4, nº 4. Rio de Janeiro: Centro Internacional celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2010.
Entrevista
Marcos Pereira Vianna nasceu em 1934, em Vitória. Continuar lendo
Formado pela Escola
Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (1957), ingressou no ano
seguinte na Companhia Vale do Rio Doce, da qual, a partir de 1962, foi
superintendente-geral. Foi diretor das empresas Benita – Beneficiamento de
Itabiritos S.A., Aços Anhanguera S.A. e Rio Doce Madeiras. Em 1970, presidiu o
Instituto de Planejamento (IPLAN) e a Agência Especial de Financiamento
Industrial (Finame). Foi presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico de 1970 a 1979. Durante esses anos, em que incentivou o
fortalecimento do setor privado no país, o Banco teve importante papel no sucesso
do II Plano Nacional do Desenvolvimento. Integrou o Conselho Monetário
Nacional.
A problemática do semi-árido nordestino à luz de Celso Furtado: permanência da pobreza estrutural
VIDAL, Francisco Baqueiro SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOSECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Pobreza e desigualdades sociais. Salvador: SEI, (Série Estudos e Pesquisas, 63). 2003.
Artigo
Há mais de 43 anos veio à tona o documento oficial (no âmbito do governo federal) intitulado Uma política de desenvolvimento econômico para o Nordeste, de autoria de Celso Furtado. Continuar lendo
Destinado a ser o suporte teórico para a intervenção planejada na região – consubstanciada na criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) , ao menos em seus anos iniciais, o estudo preconizava a superação do elevado grau de desigualdade inter-regional no país, sobretudo pela via de uma maciça industrialização na região Nordeste, articulada à própria reorganização da agricultura na sua faixa úmida (para que a produção de alimentos desse suporte à expansão do parque industrial nos principais centros urbanos), ambas as ações a serem deflagradas pelo Estado nacional-desenvolvimentista.
Considerações em torno da validade atual da discussão sobre as desigualdades regionais no Brasil
VIDAL, Francisco Baqueiro Publicado pelo Observanordeste em agosto de 2005.
Artigo
Este artigo, ao abordar, de modo geral, a trajetória percorrida pela questão nordestina, pretende contribuir para a verificação da pertinência atual da discussão sobre as desigualdades regionais brasileiras, pouco importando para tal objetivo específico se o fenômeno em si, acaso comprovadamente persistente, não ocupa mais posição de destaque em trabalhos teóricos, debates políticos, formulações de políticas públicas, ações governamentais diversas, coberturas da mídia etc. Continuar lendo
Desta forma, a atribuição, por muitos, da falta de importância ou mesmo de um certo caráter de anacronismo à problemática das disparidades espaciais no capitalismo conta muito mais pelo que ajuda a revelar, embora não intencionalmente, na etapa contemporânea desse modo de produção.
Um marco do fundamentalismo neoliberal: Hayek e o caminho da servidão
VIDAL, Francisco Baqueiro Comunicação & Política, v.24, n.2. P.73-106. 2006.
Artigo
Este artigo discute aspectos teóricos centrais do neoliberalismo, em especial sua crítica contundente às intervenções do Estado nos campos econômico e social, promotoras de maior homogeneização relativa nas sociedades capitalistas. Continuar lendo
Seu ponto de partida é a análise criteriosa de um trabalho considerado fundamental para o relançamento do próprio ideário liberal, sob nova roupagem (a neoliberal). A obra tomada como referência principal é O caminho da servidão, de Friedrich Hayek. Mas, para efeito das considerações aqui expostas, busca-se também auxílio em outras contribuições teóricas, do próprio Hayek, de outros autores reconhecidamente engajados na causa liberal, bem como de críticos às idéias e propostas neoliberais. À luz de tais marcos analíticos, busca-se demonstrar determinadas fragilidades intrínsecas ao discurso (neo) liberal, as quais seguem, quase sempre, convenientemente escondidas, em virtude da própria hegemonia ideológica atual do neoliberalismo.
VIDAL, Gregorio Comercio Exterior, v. 51, n. 2, 2001.
Artigo
El artículo expone, de los diversos temas y preocupaciones que forman parte de la obra de Celso Furtado, tres problemas: a] el análisis de las estrategias económicas ejecutadas en condiciones de una crisis de largo plazo del capitalismo y la tensión que se revela con particular fuerza entre mercado y proyecto en esas circunstancias; b] el papel de las clases dirigentes en el proceso de desarrollo y su contribución como impulsoras del subdesarrollo, y c] el problema del desarrollo frente al avance de la globalización teniendo presente que, como sostiene Furtado a lo largo de toda su obra, "el subdesarrollo es un proceso histórico autónomo y no una etapa por la que debían haber pasado, necesariamente, las economías que ya alcanzaron un grado superior de desarrollo".
El desarrollo como tarea: homenaje a Celso Furtado
VIDAL, Gregorio Revista Casa del Tiempo, vol VII, Epoca III, nº 75, 2005.
Artigo
El 20 de noviembre de 2004, en su departamento de Río de Janeiro, murió Celso Furtado. Continuar lendo
En días previos había participado en una iniciativa para objetar la salida de Carlos Lessa de la dirección general del Banco Nacional de Desenvolvimiento Económico y Social (BNDES) de Brasil. Furtado comprendía el papel del crédito bancario denominado en moneda nacional como instrumento imperioso para propiciar el crecimiento y reconocía la necesidad de fundar el crecimiento en la ampliación del mercado interno, de contar con inversiones públicas, de atender los servicios básicos.