A reforma agrária como estratégia de desenvolvimento: uma abordagem a partir de Barraclough, Furtado, Hirschman e Sen
LEITE, Sérgio Pereira Boletim de Ciências Económicas, Coimbra, v.XLX, P. 3-38, 2007.
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É necessário repensar o processo de transformação rural a partir da reforma agrária como um veículo estratégico para o desenvolvimento econômico, social e sustentável. Continuar lendo
Isso tem implicações para o crescimento agrícola e econômico de forma mais geral, bem como para o processo de homogeneização social, a partir da idéia de desenvolvimento como um não constrangimento à liberdade. Altos níveis de desigualdade no início do processo de desenvolvimento (como, por exemplo, forte concentração da terra e da riqueza) pesam negativamente no crescimento econômico de longo prazo. Países com grande concentração de terra apresentaram baixo crescimento econômico quando comparados àqueles com uma estrutura fundiária mais igualitária. Níveis elevados de concentração econômica e fundiária também constituem uma barreira para a promoção da justiça social, deixando milhões de pessoas à margem da cidadania. Além de constituir-se numa condição para o desenvolvimento sustentável, a reforma agrária é um dos pontos fortes para viabilizar a expansão das capacidades de trabalhadores rurais sem terra e da população pobre do meio rural, de uma forma geral. Nesse sentido, ela integra a concepção de desenvolvimento nos termos propostos por Sólon Barraclough, Celso Furtado, Albert Hirschman e Amartya Sen.
LESSA, Carlos Jornal Valor Econômico, 24/11/ 2011.
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Sou de uma geração treinada em ler nas entrelinhas. Continuar lendo
Vivi as longas décadas de regimes ditatoriais latino-americanos e aprendi a pesquisar as intenções nos discursos oficiais. O dr. Ulysses Guimarães me ensinou que se deve prestar atenção aos silêncios nos discursos.
A crise Financeira de setembro de 2008 é também uma crise de paradigma
LIMA, Marcos Costa Revista Teoria e Pesquisa, Vol. 18, No 2, 2009.
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Esta não foi a primeira e, ao que parece não será a última grande crise, ou crise final do capitalismo, mas nos obriga a sondá-la e a verificar suas características particulares, bem como a gravidade de seus efeitos em termos mundiais, pois o mundo em que hoje vivemos não é mais o mesmo de quando eclodiu a Crise de 1873, de 1907, e aquela de outubro de 1929.
Democratizar para integrar: las dificultades y las posibilidades de participación social en el Mercosur
LIMA, Marcos Costa in: RUIZ, José Briceño (Ed.) El Mercosur y las complejidades de la integración regional. 1a ed. - Buenos Aires : Teseo, 2011.
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Este artículo está dividido en cuatro partes: en la primera
se introducen algunos elementos empíricos e indicadores
educativos y de pobreza en América del Sur; en segundo
lugar, se trata la participación y los movimientos sociales en la
región; en tercer lugar, el proceso de institucionalización del
Mercosur, evaluando tanto la nueva geografía política regional
a partir de 2003 como las dificultades de implantación de la
Agenda Social del Mercosur y, finalmente, las conclusiones Continuar lendo
Este artículo está dividido en cuatro partes: en la primera
se introducen algunos elementos empíricos e indicadores
educativos y de pobreza en América del Sur; en segundo
lugar, se trata la participación y los movimientos sociales en la
región; en tercer lugar, el proceso de institucionalización del
Mercosur, evaluando tanto la nueva geografía política regional
a partir de 2003 como las dificultades de implantación de la
Agenda Social del Mercosur y, finalmente, las conclusiones
Pesquisa A Sudene de Celso Furtado, 1958-1964 | Relatório final
LIMA, Marcos Costa Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 8. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
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A pesquisa documental teve por base dois objetivos centrais: reunir documentos e testemunhos relativos à “recepção” no Nordeste da ação de Celso Furtado no período 1958-1964, e também alguns documentos de contexto político, social e econômico da mesma época, sempre relativos ao Nordeste. Continuar lendo
E, por fim, elaborar uma cronologia fina dos principais acontecimentos e decisões.
Passados 61 anos de sua independência (1947), discute-se hoje os avanços e a manutenção de muitos problemas estruturais na Índia. Continuar lendo
Foi-se o tempo em que o maior problema do país era a manutenção de sua unidade nacional, da integração nacional do povo indiano enquanto uma comunidade política, logo após a retirada dos ingleses.
Muitos falam de enfrentamentos de linguagem, de castas, de assassinatos comunais, dos assassinatos por fanáticos de Gandhi, Indira Gandhi e Rajiv Gandhi; das guerras com o Paquistão e a China, do secessionismo no Punjab, levantes no Kashimir, assassinatos em Assam, fome endêmica, corrupção, poluição, catástrofes ambientais, disparidades de riqueza e pobreza, preconceitos de casta, trabalho infantil, corrupção na máquina do estado, discriminação contra as mulheres e abuso dos direitos humanos.
Repensando as teorias do desenvolvimento na América Latina e na Índia
LIMA, Marcos Costa Centro Celso Furtado, 2012.
Artigo
Em síntese de Albert Hirschman em seu livro Auto-Subversão e extraída do livro de Reginaldo Moraes, o economista alemão nos diz que na década de 50 o Banco Mundial procurava condicionar seus empréstimos ao estabelecimento, pelos países tomadores, de alguma forma de planejamento econômico global.
Artigo | Marcos Costa Lima | A Economia e o Humanismo de Joseph Lebret
LIMA, Marcos Costa Revista Jornalismo e Cidadania, n. 7 / 2017.
Artigo
Este texto é um excerto de um capítulo de livro recém publicado no final de 2016 com o título: Diálogos com Lebret 60 anos depois, organizado por Francisco Jatobá de Andrade e Tarcísio Patricio de Araújo. Continuar lendo
Com a crise vivida atualmente pelo Brasil e agravada pelo Golpe que retirou da presidência da república uma presidente legitimamente eleita; trazer para a atualidade o pensamento de um planejador do desenvolvimento profundamente preocupado e engajado com a pobreza no então chamado Terceiro Mundo é mais do que justificável, quando a vertente neoliberal que tem levado o mundo para uma crise sem precedentes, revelando-se inepta, estamos a carecer de reflexões que apontem para outras direções no sentido do bem comum da humanidade.