A atividade petrolífera como fator de transformações da economia e da estrutura produtiva do Rio Grande do Norte
NETO RODRIGUES, João Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 7. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2010.
Artigo
Discute questões relacionadas com as transformações que ocorreram na base industrial do Rio Grande do Norte, no período de 1985-2004, resultado da dinâmica imposta pelo setor petrolífero brasileiro.
NORONHA, José Carvalho de; CAMPOS, Gastão Wagner; BAHIA, Ligia Cadernos do Desenvolvimento. Ano 3, nº 4. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2008.
Seminário
José Carvalho de Noronha- Os percalços do SUS: A primeira questão se refere às políticas sociais, a quem se destinam as políticas de saúde e quais são os condicionantes decorrentes, do ponto de vista das populações brasileiras, que devem ser enfrentadas por ações e políticas de saúde. Continuar lendo
Gastão Wagner Campos- Desafios da reforma sanitária: a crise dos sistemas públicos: A saúde é um grande desafio e só vamos garantir o direito a ela se tivermos uma ação política contra a racionalidade do funcionamento do mercado. Temos que articular a intensidade do movimento para a defesa da saúde, com alternativas viáveis no contexto cultural, político, econômico, financeiro brasileiro.
Ligia Bahia- Padrões e mudanças nas relações entre o público e o privado no sistema de saúde brasileiro: Utiliza como fio condutor a tentativa de responder a uma sub- pergunta da pergunta: o que mudou depois do SUS? Essa sub- pergunta seria o que mudou e o que não mudou no âmbito dos dispositivos de financiamento e nas relações entre oferta e demanda às redes de serviços de saúde.
Estrutura patrimonial e padrão de rentabilidade dos bancos privados no Brasil (1970-2008): teoria, evidências e peculiaridades.
OLIVEIRA. Giuliano Contento de, 2012.
Teses e Monografias
Esta tese discute a estrutura patrimonial e o padrão de rentabilidade dos bancos privados no
Brasil no período 1970/2008, com ênfase no contexto de baixa inflação (1995-2008). Continuar lendo
Acreditavase
que a estabilidade monetária mudaria substancialmente o padrão de atuação destas instituições,
o qual passaria a ser pautado nas operações de crédito. Contudo, os indicadores de balanço de
grandes bancos privados analisados neste trabalho revelam que isso não aconteceu. O
comportamento dos bancos privados no Brasil em contexto de baixa inflação continuou sendo
ditado pela opção por flexibilidade. Estas instituições continuaram sendo capazes de se
adaptarem a diferentes conjunturas, mantendo seus elevados níveis de rentabilidade. Sustenta-se,
pois, que esse padrão de atuação decorre fundamentalmente da combinação de dois fatores: 1)
instabilidade macroeconômica e a consequente prática de juros básicos reais elevados; e 2)
indexação dos títulos públicos à taxa de juros de curto prazo (Selic). Ou seja, de um lado a
estabilidade monetária no Brasil não significou estabilidade macroeconômica; de outro, a lógica
do plano de estabilização impediu a supressão do arcabouço institucional do regime de alta
inflação, a saber, da moeda indexada. Nestas condições, nos momentos de maior incerteza os
bancos têm a possibilidade de composição de uma carteira de ativos ao mesmo tempo líquida e
rentável, o que lhes possibilita obter altos ganhos mesmo em conjunturas adversas. A despeito do
fim da alta inflação, as operações destas instituições continuaram sendo pautadas
majoritariamente no curto prazo, tendo nas operações com títulos públicos o principal suporte
para manter seus níveis elevados de rentabilidade em contextos marcados por adversidades.
Concluí-se, deste modo, que a mudança deste padrão de atuação requer a prevalência de
condições macroeconômicas e institucionais que induzam essas instituições a assumirem maiores
riscos, fazendo do crédito a base de seu padrão de rentabilidade.
Novo-desenvolvimentismo, crescimento econômico e regimes de política macroeconômica
OREIRO, José Luis da Costa Estudos avançados 26 (75), 2012.
Artigo
O novo-desenvolvimentismo, conceito desenvolvido no Brasil a partir
dos trabalhos de Bresser-Pereira (2006, 2007, 2009), é definido como
um conjunto de propostas de reformas institucionais e de políticas econômicas,
por meio das quais as nações de desenvolvimento médio buscam alcançar
o nível de renda per capita dos países desenvolvidos. Continuar lendo
Essa estratégia de
“alcançamento” baseia-se explicitamente na adoção de um regime de crescimento
do tipo export-led, no qual a promoção de exportações de produtos manufaturados
induz a aceleração do ritmo de acumulação de capital e de introdução
de progresso tecnológico na economia. A implantação dessa estratégia requer a
adoção de uma política cambial ativa, que mantenha a taxa real de câmbio num
nível competitivo nos médio e longo prazos, combinada com uma política fiscal
responsável que elimine o déficit público, ao mesmo tempo que permite o aumento
sustentável do investimento público. A manutenção da taxa real de câmbio
num patamar competitivo nos médio e longo prazos exige não só a adoção
de uma política cambial ativa, como também uma política salarial que promova
a moderação salarial ao vincular o aumento dos salários reais ao crescimento da
produtividade do trabalho, garantindo assim a estabilidade da distribuição funcional
da renda no longo prazo. A combinação entre política fiscal responsável e
moderação salarial se encarregaria de manter a inflação a um nível baixo e estável,
permitindo assim que a política monetária seja utilizada para a estabilização
do nível de atividade econômica, ao mesmo tempo que viabiliza uma redução
forte e permanente da taxa real de juros.
PAULANI, Leda O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
Nosso primeiro ponto, aqui, é separar discurso neoliberal e pensamento neoliberal. Continuar lendo
O
discurso neoliberal é o da prática neoliberal, que ouvimos no dia a dia e que contém as
mesmas recomendações de política, a mesma cantilena: o Estado é ineficiente, o mercado é
sempre melhor e carrega em si toda a eficiência do mundo. Essa tese foi se fortalecendo nas
duas últimas décadas do século passado e se tornou ensurdecedora da metade dos anos
1990 até a crise de 2008.
Outra coisa é o pensamento neoliberal, a doutrina neoliberal. As ideias não caem do céu
e tampouco se sustentam sozinhas, principalmente as ideias sobre a sociedade, sua forma
de se organizar, a relação do individuo com a sociedade, da sociedade com o Estado e do
individuo com o Estado. Quando esse pensamento se torna dominante ele tem uma razão
material por trás de si, fazendo com que o discurso ganhe espaços maiores.
PELAEZ, Victor Revista de Economia Política, vol. 29, nº 3 (115), pp. 5-14, julho-setembro/ 2009.
Artigo
A trajetória acadêmica de Tamás Szmrecsányi esteve voltada principalmente à
história econômica – área de conhecimento da qual foi certamente um dos maiores
expoentes em nível nacional e com grande projeção em nível internacional, tanto
por seus trabalhos publicados quanto por sua participação na criação e fortalecimento
de instituições voltadas à difusão da história econômica. Continuar lendo
Graduado em Filosofia
pela Universidade de São Paulo, em 1961, com mestrado em Economia
pela New School for Social Research, em 1969, doutorado em Economia pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1976, livre-docência pela Unicamp,
em 1985, e pós-doutorado pela University of Oxford, em 1990. O Prof.
Tamás lecionou na Universidade de São Paulo (Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz e Faculdade de Economia e Administração) e na Unicamp (Instituto de
Economia e Instituto de Geociências). Foi também Professor Visitante da Université
de Toulouse I (França) e da Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales
(Equador).
O objeto deste texto é o entendimento da chamada questão regional no pensamento de dois pensadores
do século XX: o italiano Antonio Gramsci e o brasileiro Celso Furtado. Continuar lendo
Os dois autores representam duas
vertentes de interpretação para uma mesma temática e foram referências importantes para o estudo e mesmo
enfrentamento, respectivamente, da Questão Meridional na Itália e da Questão Nordeste no Brasil.
Quebrando o mito: existe uma nova classe média brasileira?
POCHMANN, Márcio Revista Rumos, nº 278, novembro/dezembro 2014.
Entrevista
O economista Márcio Pochmann, professor da Unicamp e presidente do Ipea por longo mandato, navega em um mar de números, dados e análises históricas para decretar, na contracorrente do pensamento consensual que se estabeleceu no país: não temos uma nova classe média no Brasil. Continuar lendo
Pochmann não desconsidera ou minimiza a forte mobilidade social que ocorreu nos últimos anos – ao contrário, compara, guardadas as devidas proporções, ao ocorrido na Europa do pós-guerra, com a elevação da renda dos mais pobres, níveis seguros de emprego e a implementação de um estado de bem estarsocial. O que ele defende é que considerar a recomposição dos ganhos da classe trabalhadora e a diminuição da desigualdade como ascensão de uma nova classe média pode ser uma armadilha para o fortalecimento de teses que advoguem a diminuição do papel do Estado na sociedade brasileira. Afinal, para que um Estado forte em um país de
classe média, que não precisa do braço estatal para corrigir as assimetrias e oportunizar o acesso aos serviços básicos aos mais frágeis da pirâmide social?
POCHMANN, Márcio O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
Minha explanação se divide em duas partes. Continuar lendo
A primeira, mais breve, será uma reflexão
acerca do Brasil nos dias atuais. A segunda, maior que a primeira, destina-se ao exame dos
desafios que um país como o nosso tem de enfrentar do ponto de vista do desenvolvimento.
São três grandes desafios, que, na verdade, constituem desafios da própria humanidade
neste século XXI.
Nós temos condição de fazer uma afirmação: o Brasil não aceita mais ser liderado. O país
quer liderar a construção compartilhada de outro padrão civilizatório. Isso não é algo
simples num país com as nossas especificidades, que não está no centro do desenvolvimento
da economia mundial. Somos considerados ainda um país subdesenvolvido, que não carrega
na bagagem as mesmas conquistas que outros obtiveram.
PRADO, Luiz Carlos Delorme Rev. Econ. Contemp., Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 198-215, jan-abr/ 2011.
Artigo
A vida profissional de Erber deu-se nos quarenta anos compreendidos entre o período
que ficou conhecido como “milagre econômico” e o fim do segundo governo
Lula. Continuar lendo
Como economista do desenvolvimento, presenciou a euforia do crescimento
acelerado e o fracasso do projeto desenvolvimentista. Foi observador, analista e crítico
das reformas econômicas conservadoras que foram capazes de encerrar um longo
ciclo de alta inflação, mas criaram as bases de uma nova convenção que, na visão de
Erber, era pouco funcional à retomada de um projeto de desenvolvimento de longo
prazo. Atuou como pesquisador, professor e policy maker em Política Científica e
Tecnológica e em Política Industrial. Participou de governos, como secretário adjunto
do Ministério de Ciência e Tecnologia e (duas vezes) como diretor do BNDES.