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Rio de Janeiro, agosto de 2008, ano 3, nº 4
248 páginas
ISSN - 1809-8606
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Este número do periódico do Centro Celso Furtado traz as atas de cinco seminários - Energia, Projetos Estruturantes de Integração Regional, Comunicações, Questão Metropolitana e Problemas e Políticas da Saúde, além de dois estudos sobre a América Latina.
Sumário
SEMINÁRIOS
Há pedaços do Brasil que possuem condições para se integrar no mundo, mas há regiões que não possuem as condições mínimas. E o que faremos com elas? Esta era a cobrança quando olhávamos o mapa da integração proposto no governo FHC: e as regiões não competitivas, o que se faz com elas? Elas resultaram de nossa integração incompleta mas abrigam milhares de brasileiros e têm suas potencialidades. Por que esse processo que construímos e que se interrompeu com a crise foi seletivo e muito desigual? (TÂNIA BACELAR)
Na perspectiva geopolítica, nos próximos 10 a 20 anos haverá aumento da dependência e aumento do poder dos países que têm petróleo. Em relação à possibilidade de substituição de recursos, o prazo com que se trabalha é o de um horizonte de quinze a vinte anos. Isto para que haja uma substituição expressiva do gás e do petróleo, além do carvão. (CELSO LUCCHESI)
O baixo crescimento econômico que se segue a 1980 acentuou as mazelas tipicamente urbanas e influiu no aparecimento de novos aspectos muito negativos nas grandes cidades: o desemprego e a violência. Esta era praticamente desconhecida, como fenômeno generalizado, no universo urbano até o início dos anos 70. (ERMÍNIA MARICATO)
Só Brasil, Costa Rica e Cuba possuem sistemas universais de saúde na América Latina. Mas é preciso enfatizar que, 16 anos após a Constituição que o criou, o Sistema Único de Saúde e suas similaridades com sistemas universais são ainda muito mais retóricos do que traduzíveis em direitos efetivos. (LIGIA BAHIA)
Precisamos universalizar a banda larga. Como a levaremos para as escolas, se 50% das escolas brasileiras não têm sequer telefone? Como faremos educação à distância? Como colocar tecnologia de informação nas escolas, sem banda larga? Essa é uma grande discussão. (MARCOS DANTAS)