Restrições Externas e o Financiamento do Desenvolvimento
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 1. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Seminário
A industrialização tardia de países como o Brasil é muito diferente da que ocorreu nos países hoje desenvolvidos, porque enquanto nestes a inovação e a difusão combinam-se para responder às próprias necessidades das sociedades, naqueles a difusão é marcada pela tentativa de imitação por parte das elites- as classes altas e médias dos padrões de consumo do centro.
A supremacia dos mercados e a política econômica do Governo Lula
CARNEIRO, Ricardo Política Econômica em Foco, n. 7 – nov./abr. 2006.
Artigo
O artigo faz uma síntese dos principais aspectos atinentes à avaliação da política econômica do governo Lula. Continuar lendo
Cabe destacar as questões mais relevantes dessa avaliação, sobretudo, no que tange aos avanços obtidos nesse governo. Não cabe dúvida acerca da melhoria de alguns aspectos e indicadores, durante o período 2003-2005. Mas, o essencial é avaliar a sustentabilidade ou permanência desses avanços. Desse ponto de vista, quatro temas principais serão postos em relevo; a redução da vulnerabilidade externa; a diminuição da fragilidade fiscal; a melhoria da distribuição de renda; o estabelecimento de um novo modelo de crescimento.
CARNEIRO, Ricardo Texto para discussão. IE/UNICAMP, n.120, abr. 2006.
Artigo
A hipótese central do artigo é a de que, no contexto da globalização, a inconversibilidade monetária constitui-se no principal problema dos países periféricos. Continuar lendo
Parte-se da reconstituição dos debates, entre as posições antagônicas, para a explicação da inconversibilidade, a do pecado original (original sin), e da intolerância ao endividamento (debt intolerrance). Apesar de estar de acordo com a primeira posição, o artigo vai além e procura explicar as razões para a fragilidade monetária e financeira doméstica, dos países periféricos. Para tanto, critica a tese do risco jurisdicional e propõe que esta fraqueza decorre da transmissão, para o plano interno, dos riscos inerente à inconversibilidade.
What is wrong with the new international consensus on poverty reduction?
CHERU, Fantu Palestra proferida no Colóquio Internacional do Centro Celso Furtado, 2006.
Artigo
Democracia Econômica: Um passeio pelas teorias
DOWBOR, Ladislau São Paulo, 2006.
Artigo
Projetos Nacionais de Desenvolvimento
FERRER, Aldo; GUILLÉN, Arturo; GARCIA, Marco Aurélio; MERCADANTE, Aloizio Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 1. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Seminário
Aldo Ferrer La estrategia económica seguida en la década de 1990 reconoce sus orígenes en la aplicada por el gobierno de facto, instalado con el golpe de estado de marzo de 1976. Continuar lendo
Tal estrategia culminó en la crisis del 2001 y principios del 2002.Desde entonces hasta la actualidad, se observa una notable normalización y recuperación de la economía argentina. Arturo Gullién El objetivo de este texto es presentar y analizar las ideas principales de Celso Furtado en torno a la necesidad de construir y llevar a la práctica en América Latina una estrategia alternativa de desarrollo frente al neoliberalismo, que permita a los países de la región sortear los retos que plantea la globalización. Aloizio Mercadante Como tenho a honra e orgulho de servir este governo, quero apresentar, com base na intervenção que fiz sobre a contribuição inesgotável de Celso Furtado, algumas questões sobre o Projeto Nacional de Desenvolvimento, ancorando minha intervenção na evolução dos principais indicadores econômicos e sociais existentes hoje no país.
FURTADO, Celso Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 2. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Artigo
Comentários e “Perspectivas da Economia Brasileira”
1. Continuar lendo
Grau de Integração da Economia Brasileira
O objetivo destas conferências é equacionar o problema do desenvolvimento da economia brasileira em sua etapa anual, analisar as tendências fundamentais e, pela projeção dessas tendências, tentar a determinação dos principais fatores que poderão reduzir o ritmo desse desenvolvimento nos próximos anos.
2. Os Desequilíbrios Fundamentais
As forças que impulsionam o desenvolvimento da economia partem de dois focos principais: o setor exportador e o industrial. O impulso criado pelo primeiro desses focos se expande e multiplica por meio do segundo. Essa expansão , quando se realiza espontaneamente , tente a causar pressão cada vez maior sobre a capacidade de importar. Isso tende a causar um desequilíbrio e é inerente à etapa atual de desenvolvimento da economia brasileira.
3. Perspectivas da Capacidade para Importar
Nas palestras anteriores fizemos amplas referências ao setor externo como dinâmico na atual etapa de desenvolvimento da economia brasileira. Examinemos agora as perspectivas que se apresentam a esse setor.
4. O Setor Industrial como Elemento Dinâmico
A importância proporcional desse setor, como fonte de emprego, ainda é relativamente pequena. A verdadeira importância do setor industrial ainda é muito maior do que se depreende do nível relativo de sua produtividade.
5. Ritmo Provável do Crescimento no Próximo Decênio: A Relação Produto-Capital
Dados o crescimento da população, a abundância de recursos naturais não atualizados, o dinamismo da classe empresária e a consciência que se formou no setor público da necessidade de intensificar o desenvolvimento, pode-se admitir como altamente provável que se manterá no futuro o crescimento do sistema econômico brasileiro.
6.Ritmo Provável de Crescimento: O Esforço de Poupança
O esforço real de crescimento realizado por uma economia traduz-se na taxa de poupança. A eficiência na utilização da capacidade produtiva tem, evidentemente, grande importância em um programa, pois aumentar a eficiência significa acelerar sem exigir maior esforço da população.
7. O Problema das Disparidades Regionais
Uma política bem concebida de programação do desenvolvimento deve partir da verificação de que a economia brasileira não é um sistema integrado. Já nos referimos à grande disparidade nos níveis de renda e de ritmo de crescimento existentes entre os dois principais sistemas econômicos do território brasileiro.
8. A Programação Preliminar
A programação preliminar constitui uma tomada de consciência dos problemas nacionais e requer a elaboração dos instrumentos necessários para atuar na programação efetiva. Ao concluir-se essa etapa, deveria estar preparado o verdadeiro programa a ser posto em marcha no início do período seguinte.
9. A Política Monetária
Não basta reunir em tempo útil a informação necessária e definir metas concretas nos setores básicos. Para passar a ação prática, é indispensável que o governo interfira na formação da poupança, na canalização dos recursos financeiros e na orientação dos investimentos.
10. Aspectos Fiscais e Administrativos
Os objetivos da política fiscal são particularmente amplos na realização de um programa de desenvolvimento. Esses objetivos incluem desde a elevação da taxa de poupança até a complementação direta da iniciativa privada. A realização de tão ampla tarefa requer aparelhamento fiscal e administrativo que dificilmente se encontra nos países subdesenvolvidos.
FURTADO, Rosa Freire d'Aguiar; CALHEIROS, Renan; REBELO, Aldo; DULCI, Luiz; PIRES, Waldir; OTÁVIO, Luiz; MERCADANTE, Aloizio; MANTEGA, Guido; MACHINEA, José Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 1. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Seminário
Este seminário é promovido pelo Senado Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social- BNDES. Continuar lendo
Conta também com a participação do governo federal, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento. Rosa Freire d’ Aguiar Furtado Por iniciativa do presidente Lula, o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento foi criado com intuito de ser um espaço em que se preserve a memória de Celso Furtado, em que discutam os temas que ele discutiu a vida inteira em torno do desenvolvimento.Este seminário vai na mesma direção, pois tratará de temas afins a Celso. Renan Calheiros Este seminário internacional marca um momento altamente significativo, em que especialistas de renome debruçam-se sobre o legado de Celso Furtado. Trata-se de avaliar, de uma perspectiva atual, a imensa contribuição dele para a compreensão da sociedade e do subdesenvolvimento. Aldo Rebelo Os livros de Celso Furtado eram como livros de auto-ajuda nas universidades nos anos 70. Tínhamos essa referência porque confiávamos não apenas nas suas idéias, nas suas doutrinas, no seu pensamento, confiávamos principalmente na sua atitude, na forma como ele enfrentava e havia enfrentado os desafios para o desenvolvimento do Brasil. Hoje, portanto, quando se fala e se repetem teorias, esquece-se o contrato com a nação, com o povo, o contrato com o desenvolvimento, o emprego, a renda. É bom celebrar a presença de Celso Furtado. Luiz Dulci São tantas as personalidades ilustres aqui presentes, embaixadores e representantes de vários países- todos sabem que o centro Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, conta com o apoio político cultural e prático de diversos países. Waldir Pires Celso Furtado nunca foi simplesmente o economista; ele é, a rigor, o grande pensador do nosso país do século XX. Seus compromissos eram com a dignidade da nação, mas, sobretudo com a dignidade do ser humano. A visão da economia para Celso era construtora de um mundo diferente. No campo do que forma a sua especialização e o seu trabalho, a idéia básica é de que a economia não pode ser- uma ciência de verdades concluídas e limitadas. Luiz Otávio Celso nos proporcionou ganhos de compreensão acerca de nós mesmos, levando-nos a acreditar nas possibilidades reais de um modelo de desenvolvimento internacional autêntico. Assim, é oportuno revisitá-lo e colocá-lo em perspectiva, para que as novas gerações também conheçam as generosas contribuições de Celso Furtado. Aloizio Mercadante Não diria que vamos encontrar no pensamento da vasta obra de Celso Furtado, plural, rica, de tantos temas, uma resposta pronta, para nossos desafios, mas seguramente, vamos encontrar as perguntas incômodas que ele nunca permitiu que fossem silenciadas. Guido Mantega Celso Furtado é um economista que produziu uma obra fundamental para a compreensão do Brasil e, principalmente, para influir nos destinos do país. Ele procurou construir uma teoria do subdesenvolvimento que fazia clara distinção entre o crescimento econômico stricto sensu e o desenvolvimento. José Luis Machinea Celso Furtado se debruçou sobre uma questão capital que foi a de como se formaram as estruturas sociais e políticas da América Latina, estudando particularmente as estruturas em relação aos países desenvolvidos. A escolha e a aplicação das políticas desenvolvimentistas dependem dos modelos idiossincráticos de cada país. Talvez aqui resida a grande contribuição teórica de Celso Furtado: a idéia de que é preciso conectar a política econômica com a social.
Mudanças nas Relações Internacionais e na Inserção do Brasil
GUIMARÃES, Samuel Pinheiro; FIORI, José Luís; BRAGA, José Carlos; BELLUZZO, Luiz Gonzaga Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 2. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Seminário
Samuel Pinheiro Guimarães
"Para que a nossa inserção possa ser efetivamente uma mudança, ela precisa partir de uma atitude: a de que o Brasil pode e deve construir um sistema que seja mais favorável aos seus interesses. Continuar lendo
A idéia de que temos de partir de interesses nacionais. A questão da América do Sul é hoje muito complexa. Acho que a primeira premissa é que não são 12 países, mas 13. Há um 13º país na América do Sul, que é o mais influente de todos, os Estados Unidos. Com a União Européia, estamos em processo de negociação de um acordo de livre-comércio, mas bastante diferente do acordo que tinha sido negociado com a ALCA."
José Luis Fiori
"Tentarei dizer na minha apresentação que a expansão aceleradíssima da Ásia vem tendo um impacto às vezes contraditório pela via do comércio, da moeda. Fica um pouco a impressão de que essa demanda dos últimos dois anos acabou impactando nas economias latino-americanas, em todas, de maneira muito positiva."
Luiz Gonzaga Belluzzo
"Quando nós dois (Samuel e eu) trabalhamos no protocolo Brasil-Argentina, havia muitos projetos que indicavam uma caminhada em direção ao Mercosul. Eu queria que você falasse um pouco sobre isso, sobre a gênese desse projeto."