Nas intenções expressas em textos ou apenas em discursos de novos projetos para o Brasil, a saúde só aparece de banda. Continuar lendo
Ora é um gasto a ser cortado, ora um benevolente programa de inclusão social. A conexão entre as ações assistenciais e seus resultados medidos em saúde quase desapareceu, levando junto a razão de ser do SUS universal. O objetivo do SUS é prolongar e melhorar o transcorrer da vida da população. Outros propósitos, tais como a premência da oferta de serviços sociais básicos para pobres, a obtenção de retornos de investimentos privados e a busca de votos, deveriam ser orientados pela progressiva e permanente ampliação do direito à saúde. O que era para ser meio virou fim. O par corrupção-sonegação, sempre presente nas explicações sobre o que era para ser mas não é, não captura a totalidade da perda do sentido original de um sistema de saúde para todos. Existem cordas esticadas para demarcar o uso particular de bens teoricamente comuns, consideradas lícitas. Ocorrências extravagantes, mas amparadas pelas leis, contribuem para a transformação do público em privado. As mais recentes podem ser lidas nas linhas ou entrelinhas das restrições e oportunidades da recessão econômica.
À esquerda e à direita, o desenvolvimento de um projeto para o Sistema Único de Saúde – SUS ficou “no meio do caminho” e ele é incluído “obrigatoriamente” nas plataformas eleitorais como um programa “de ações assistenciais para os pobres”, que são definidos como aqueles que “não podem pagar”, avalia Lígia Bahia, médica sanitarista, na entrevista a seguir, concedida por e-mail para a IHU On-Line.
Os conceitos de desenvolvimento e nacionalismo na crítica ao regime militar
BARBOSA, Leonardo Martins Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
O objetivo deste artigo é analisar as narrativas por meio das quais autores inseridos no contexto intelectual da Escola Paulista de Sociologia – tais como Fernando Henrique Cardoso, Octavio Ianni, Francisco Weffort e Francisco de Oliveira – organizam a crítica ao regime militar (1964-1985) no Brasil. Continuar lendo
A hipótese desenvolvida é a de que essas narrativas, constituídas de três expe- riências ao longo da ditadura, relacionam-se com a crítica realizada ao nacionalismo-desenvolvimentista, durante a década de 1950, e produzem importan- tes inflexões semânticas em conceitos fundamentais à formação política brasileira, tais como nacionalismo, desenvolvimento e democracia.
Entrevista com Cláudio Bardella, José Ephim Mindlin e Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho
BARDELLA, Cláudio; MINDLIN, José Ephim; VIDIGAL FILHO, Luis Eulálio de Bueno Memórias do Desenvolvimento. Ano 3, nº 3. Rio de Janeiro: Centro Internacional celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2009.
Entrevista
Os empresários Cláudio Bardella, José Mindlin e Luis Filho contam suas experiências com o BNDE em relação à aprovação de projetos e liberação de recursos.
A legitimidade em Celso Furtado: novos discursos e a imagem de um intelectutual
BARREIROS, Daniel de Pinho Revista Intellectus, ano 04, v. II, 2005.
Artigo
No eclipse de uma era, um nome permanece entre os mais brilhantes pensadores brasileiros do século XX. Continuar lendo
Celso Furtado destaca-se entre os representantes do pensamento econômico latino-americano e é, indubitavelmente, um dos pilares intelectuais do desenvolvimentismo brasileiro. Observa-se na atualidade a apropriação da imagem e de fragmentos do pensamento furtadeano por intelectuais contrários ao projeto desenvolvimentista, mentores de novos paradigmas de desenvolvimento econômico-social que se tornaram hegemônicos nos anos 1990. Esta comunicação tem por objetivo analisar parte desta produção recente através da interpretação de Luiz Carlos Bresser-Pereira sobre a obra e a trajetória histórica de Furtado, publicada em forma de ensaio intitulado “Método e Paixão em Celso Furtado” (BRESSER-PEREIRA, 2001, pp. 19-43).