Que país queremos? Propostas de desenvolvimento para o Brasil
BELLUZZO, Luiz Gonzaga; PRADO, Luiz Carlos Delorme; KUPFER, David; OLIVEIRA, Francisco de; CARVALHO, Ricardo Ismael; OLIVEIRA, Adilson de Rio de Janeiro: Centro Celso Furtado, 2010.
Artigo
A revista traz a íntegra dos debates e as propostas apresentadas durante o seminário fechado que o Centro Celso Furtado promoveu com seis de seus sócios no Rio de Janeiro, em agosto de 2010, pouco antes das eleições presidenciais.
Problemas de Médio e Longo Prazos do Desenvolvimento Brasileiro
BELLUZZO, Luiz Gonzaga; SARAIVA, José Drummond; COSTA, Fernando Nogueira da; AZEVEDO, José Sergio Gabrielli de; CASTRO, Antonio Barros de; LESSA, Carlos; JAGUARIBE, Helio; CANO, Wilson; TAVARES, Maria da Conceição Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 2. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Seminário
Luis Gonzaga Belluzzo
A missão do Centro é pensar o Brasil no contexto atual, num ambiente internacional distinto daquele que Celso Furtado examinou e observou. Continuar lendo
É esse o desafio que o Centro se dispõe a responder, a enfrentar, com a perspectiva de que este é um país que tem potencialidades para se recuperar dos tombos e dos percalços que sofreu nos últimos anos.
José Drummond Saraiva
Sinto-me honrado de estar aqui, sobretudo, pelo que representa Celso Furtado para o pensamento econômico, político e social de nosso país.
Fernando Nogueira da Costa
O Centro Celso Furtado, ao resgatar o desenvolvimento, pratica uma maneira de criar, de formar um público, de formar funcionários das empresas estatais dentro do espírito que por muitas décadas predominou no país, sob a liderança de Celso Furtado, e que foi o melhor tempo da história econômica do país.
José Sergio Gabrielli de Azevedo
O Centro Celso Furtado tem um papel absolutamente fundamental no resgate de uma tradição que teve no passado muita importância e influência. Acredito que este Centro vai resgatar a tradição e tentar atualizá-la. Vai seguir a tradição de Celso Furtado, que era um homem de pensamento e interpretação, que acreditava que mais importante que conhecer o mundo era transformar o mundo.
Antonio Barros de Castro
O grande tema de Furtado, que é o nosso tema, é o objeto Brasil, como pensar o Brasil. Quando ele começou a pensá-lo, já vinha sendo pensado por alguns clássicos, mas, sobretudo, digamos, o Brasil econômico, a problemática econômica brasileira, carecia bastante
de molduras teóricas e Furtado tem a ousadia de tentar formular, criar e propor uma moldura própria.
Carlos Lessa
Terei de usar uma colcha de retalhos e lançarei um olhar sobre o Brasil de hoje e direi que o Brasil de hoje começa por sua população, seguido pela educação, indústria e economia.
Helio Jaguaribe
Pretendo apresentar uma breve exposição que consiste, na verdade, em perguntar como é possível retomar o movimento de desenvolvimento econômico e social que o Brasil foi capaz de empreender de maneira bastante exitosa dos fins da década de 1940 até fins da década de 1970, para mergulhar em seguida nessa lamentável estagnação em que nós encontramos nos últimos 25 anos.
Wilson Cano
Podemos simplificar a lista dos nossos objetivos em dois grandes vetores. Primeiro, obter um alto e persistente crescimento da produção e do emprego. Segundo, obter um expressivo resgate da nossa imensa dívida social. Tais objetivos não estão hierarquizados, antes pelo contrário, estão interagindo.
Maria da Conceição Tavares
Como disse Jaguaribe, tomara que nós conseguíssemos fazer deste Centro um ISEB, mas não é provável. Não é provável porque a história do nacional-desenvolvimentismo não se repete. Temos de olhar as questões principais de todos os ângulos. Os vários setores econômicos e as empresas; olhar a demanda da dívida social nas suas dimensões heterogêneas.
Brasil continua com a política da acumulação primitiva de capitais
BERCOVICI, Gilberto Consultor Jurídico, 10 de julho, 2016.
Artigo
A ditadura militar adotou uma política econômica que permanece até hoje, mais de 50 anos depois, como fundamento da acumulação capitalista no Brasil: a manutenção do pais como uma estrutura fundada na acumulação primitiva permanente de capital. Continuar lendo
A acumulação primitiva (“ursprüngliche Akkumulation”) de capital é o processo que marcou os primórdios do capitalismo, envolvendo fraudes, roubos e todo tipo de violência[1]. Trata-se de uma “acumulação por espoliação”, em que se aliam o
poder do dinheiro e o poder do Estado, seja diretamente, por conivência ou por omissão. Abrem-se, assim, espaços para a
acumulação privada desenfreada, geralmente com dinheiro público a juros subsidiados, como os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no processo de privatização e na política dos chamados “campeões nacionais”.
BERCOVICI, Gilberto Revista Caros Amigos, nº 229, ano XIX 2016.
Artigo
Nós últimos dias, a disputa entre aqueles que são favoráveis ou contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff também se deu na qualificação ou não desse processo como um golpe de Estado. Continuar lendo
Vários juristas, ministros e ex-ministros do Supremo Federal Tribunal (STF) vieram a público defender a argumentação cabotina de que o processo de impeachment está previsto na Constituição, portanto, não poderia ser um golpe de Estado. A realidade é um pouco mais complexa, no entanto, do que os falsos sofismas com que os opositores ao atual governo no meio jurídico pretendem confundir a opinião pública.
BHADURI, Amit Cadernos do Desenvolvimento. Ano 5, nº 7. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2010.
Seminário
A “economia do desenvolvimento” se torna estéril sem a compreensão das políticas desenvolvimentistas que a acompanham e que envolvem a interação do Estado com os principais agentes. Continuar lendo
No centro desse processo político-econômico está o papel exercido pela industrialização.
Inserção Externa e Financiamento: Notas sobre Padrões Regionais e Iniciativas para a Integração na América do Sul
BIANCARELI, André Martins Cadernos do Desenvolvimento. Ano 3, nº 5. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2008.
Artigo
A globalização tem representado para os países em desenvolvimento de uma maneira geral, uma época muito mais de desafios do que de oportunidades. Continuar lendo
Por conseguinte, o texto aborda as dimensões monetárias e financeiras desse fenômeno mais amplo; e neste aspecto, de uma maneira muito explícita do que em outros, os fracassos e frustrações, particularmente para as economias em desenvolvimento.