Mauro Thury de Vieira Sá
José Alberto da Costa Machado
INTRODUÇÃO
Em 2012, a Zona Franca de Manaus (ZFM), que abrange toda a Amazônia Ocidental e a Área de Livre Comércio de Macapá-Santana (ALCMS), completou 45 anos de existência. Nesse período tem sido alvo recorrente de críticas oriundas de analistas econômicos e entidades empresariais do Centro-Sul brasileiro, mas, por outro lado, tem sido reconhecida e defendida, tanto por gestores públicos quanto por representantes políticos regionais, como dinâmica de desenvolvimento regional bem sucedida, do ponto de vista econômico, social e ambiental.
A defesa intransigente e fundamentalista de um lado e a condenação preconceituosa de outro tem impedido de se identificar as características virtuosas que o modelo conquistou e os aspectos que requerem aperfeiçoamentos para melhor inserir esse modelo produtivo nos cenários econômicos nacionais e internacionais. Com isso, corre-se o risco de comprometer todos os avanços desenvolvimentistas já obtidos em favor dessa parte da Amazônia onde a ZFM atua, a qual, sem ela, não seria mais do que um grande vazio econômico.
Este artigo faz uma breve apresentação de suas transformações e analisa sua performance referente à uma questão muito presente no debate econômico nacional, em relação à qual a ZFM tem sido indevidamente criticada: a capacidade de agregar valor.