O economista paraibano Celso Furtado deixou um legado no Nordeste e no Brasil. Em sua trajetória, ele mapeou o país e teve um papel de relevância extraordinária na história do desenvolvimento econômico brasileiro. Dessa forma, A Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), em parceria com a Editora UNIÃO e o Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), está preparando uma vasta obra sobre a história do paraibano Celso Furtado.
Para isso, foi publicada uma convocatória para pesquisadores e estudiosos da área enviarem artigos que farão parte da coletânea “O Mito do Desenvolvimento 50 anos depois”. A obra, que também conta com a parceria com o Centro Celso Furtado (CICEF), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (IDENE) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ), pretende trazer detalhes do legado do economista.
“O Mito do Desenvolvimento 50 anos depois” será publicado no segundo semestre de 2024. A Coletânea tem como objetivo revisitar o mito do desenvolvimento econômico brasileiro, tendo como questões mobilizadoras as perguntas feitas, há 50 anos, pelo próprio Celso Furtado na referida obra. Em suas palavras, “o custo, em termos de depredação do mundo físico, desse estilo de vida, é de tal forma elevado que toda tentativa de generalizá-lo levaria inexoravelmente ao colapso de toda uma civilização, pondo em risco as possibilidades de sobrevivência da espécie humana”.
A ideia de que os povos pobres podem algum dia desfrutar das formas de vida dos ricos, segundo Furtado, “é simplesmente irrealizável”. Para ele, as economias da periferia nunca serão desenvolvidas como as economias do centro capitalista. Por isso, a ideia de desenvolvimento econômico universalizado é um simples mito.
Os capítulos, conforme explicou o diretor da Editora, professor Cidoval Morais de Sousa, deverão ter entre 15 e 20 páginas, em documento Word, folha A4, fonte Arial, tamanho 11, entrelinhas de 1,5, alinhamento justificado, margens superior e esquerda (3 cm) e inferior e direita (2 cm), tabulação de parágrafos de 1,25 cm e sem espaçamento entre eles. O título deve ser negritado, centralizado e em caixa alta. Não incluir resumo/palavras-chave. Cada capítulo deve ter, no máximo, três autores, com seus nomes inseridos abaixo do título, também centralizados. A EDUEPB recomenda para citações diretas, indiretas e registro das referências utilizadas a ABNT NBR 10520, versão 2023.
O perfil dos autores com o nome completo, formação, instituição de origem, deve ser incluído em notas de rodapé no máximo de 250 caracteres. Os textos, revisados, devem ser encaminhados para o e-mail eduepb@setor.uepb.edu.br, até o 31 de maio de 2024.
Celso Monteiro Furtado nasceu a 26 de julho de 1920 em Pombal, no Sertão paraibano e morreu no dia 20 de novembro de 2004 aos 84 anos. Ele foi responsável pela criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), uma das metas do governo Juscelino Kubitschek, e integrou o governo de João Goulart na condição de Ministro do Planejamento.
Em sua trajetória, não formulou uma nova teoria econômica, mas mergulhou com objetividade nos elementos que conformam as estruturas econômicas, políticas e sociais. A obra, complementada em 1961 com a publicação de “Desenvolvimento e Subdesenvolvimento”, aponta caminhos e possibilidades de intervenção racional do Estado no processo de desenvolvimento econômico, sobretudo a partir de reformas estruturais.
O método de Furtado abriu caminhos para que gerações de pesquisadores, intelectuais, militantes de movimentos populares construam uma nova utopia. Confira a convocatória completa clicando AQUI.
Texto: Severino Lopes
Reproduzido integralmente a partir de: uepb.edu.br/