Leia a íntegra da entrevista aqui.
Faleceu no dia 6 de abril de 2017 o professor Antônio Dias Leite. Relembramos a edição número 16 de Cadernos do Desenvolvimento para a qual o professor concedeu uma longa entrevista.
O professor Antônio Dias Leite recebeu a equipe dos entrevistadores do Centro Celso Furtado em sua residência no Rio de Janeiro, numa tarde no final de abril de 2015, para uma entrevista para os Cadernos do Desenvolvimento. Nesta entrevista, Dias Leite compartilhou um pouco de sua longa e rica trajetória profissional como homem público e professor da UFRJ, da qual era Emérito.
Um dos maiores especialistas em questões energéticas do país, o professor Dias Leite é autor de obra de referência sobre o setor: A energia do Brasil, com várias edições em português e em inglês. Ele iniciou a entrevista de aproximadamente três horas falando sobre seus anos como assistente do professor Jorge Felipe Kafuri, na Faculdade de Engenharia da UFRJ, quando teve como aluno, um dos nossos entrevistadores, o senador Saturnino Braga.
Na Faculdade de Economia da UFRJ conviveu com dois outros entrevistadores, os professores Nivalde de Castro e Adilson de Oliveira. Em sua larga experiência como homem público, foi assistente do ministro San Tiago Dantas, no governo João Goulart, e também convidado a participar dos governos militares, assumindo o cargo de ministro das Minas e Energia no período 1969-1974.
Sua trajetória nos diversos governos sempre foi marcada pela defesa inconteste das prioridades de desenvolvimento do país por meio de um planejamento econômico eficiente, no qual políticas de curto prazo não atropelassem políticas de longo prazo. Infelizmente, na avaliação do nosso entrevistado, a dimensão de longo prazo parece ter sido perdida nos últimos anos, pelo menos no que diz respeito ao planejamento do setor energético brasileiro.
Esta entrevista, em tom descontraído, foi bastante oportuna e continua a ser na conjuntura de severa crise de energia no Brasil. Poder relembrar as opiniões do professor Dias Leite, assim como dos seus entrevistadores, nas páginas de Cadernos do Desenvolvimento será sempre um privilégio.