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Memórias do Desenvolvimento nº 5


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Rio de Janeiro, outubro de 2016, ano 5, nº 5
564 páginas
ISSN: 1981-7789

 

 
 
A pesquisa "BNDES: Entre o desenvolvimentismo e o neoliberalismo (1982-2004)", publicada pelo Centro Celso Furtado no número 5 da coleção Memórias do Desenvolvimento, é a continuação de "O papel do BNDE na industrialização do Brasil: Os anos dourados do desenvolvimentismo (1952-1982)", publicado em 2010, no volume 4.
 
Desta vez, o trabalho de investigação tem como ponto de partida o ano de 1982, quando o Banco sofreu diversas e importantes modificações institucionais, inclusive o acréscimo do “S” em sua sigla. A década foi intensa em transformações na economia brasileira, abarcando a crise da dívida externa e a aceleração inflacionária, bem como as primeiras medidas de abertura externa, além das privatizações, cruciais para, na década seguinte, caracterizar com mais clareza o novo modelo econômico brasileiro, que definitivamente deixava para trás o período desenvolvimentista.
 
Nesse ínterim, o Banco diversificou sua atuação, assumindo o agronegócio em sua carteira, financiando o comércio exterior e desenvolvendo expertise para tocar o programa de privatizações. Se para uns o Banco modernizou seu padrão de atuação, adaptando-se aos novos tempos, para outros houve subversão das funções típicas de um banco de desenvolvimento em um contexto no qual o desenvolvimento já não figurava mais entre os principais objetivos dos formuladores da estratégia econômica nacional, pelo menos nos padrões historicamente vigentes.
 
Seja qual for a interpretação, os 22 anos pesquisados foram cruciais para a trajetória da instituição, que chega ao fim da primeira década do novo século figurando entre os maiores bancos de desenvolvimento do mundo. Este trabalho procura contribuir para o entendimento desse período.
 
A equipe da pesquisa BNDES: Entre o desenvolvimentismo e o neoliberalismo (1982-2004), amparada pelo Centro Celso Furtado, consultou os documentos oficiais do BNDES – notadamente os relatórios anuais de atividade e os relatórios de privatização – e procura oferecer ao leitor uma ampla gama de dados para caracterizar a atuação do Banco. A pesquisa, é óbvio, não se encerra nas informações estatísticas, recorrendo também a um trabalho de história oral, colhendo 13 depoimentos de ex-funcionários e quadros que atuaram no Banco entre 1982 e 2004. O leitor poderá conhecer um pouco da atuação de Elena Landau, Carlos Lessa, Darc Costa, Ernani Torres, Fernando Perrone, Licínio Velasco Jr., Luiz Carlos Mendonça de Barros, Márcio Fortes, Marco Antônio Araújo Lima, Paulo Faveret, Pio Borges, Persio Arida e Regis Bonelli. Os depoimentos transbordam a atuação do Banco, permitindo ao leitor interessado na reconstituição da história econômica recente do Brasil uma importante fonte primária para compreender esse período sob o olhar de quem participou de decisões fundamentais para definir os rumos de nossa trajetória econômica.
 
 
 





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