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Livro Celso Furtado e o século XXI


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Livro Celso Furtado e o século XXI, de João Saboia e Fernando J. Cardim de Carvalho (orgs.), publicado pela editora Manole e lançado em setembro de 2006, foi o vencedor do Prêmio Jabuti 2007 na categoria Melhor Livro de Economia, Administração e Negócios.

Organizado por João Sabóia e Fernando J. Cardim de Carvalho, ambos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Celso Furtado e o século XXI reúne as conferências do seminário internacional realizado pelo Instituto de Economia da UFRJ em 2005. A obra constitui-se, dessa forma, em uma rica reflexão sobre os pensamentos de Furtado nos dias de hoje.

Convidados do Brasil e do exterior avaliam a contribuição do economista em seis aspectos: economia do desenvolvimento, política econômica para o desenvolvimento, aspecto histórico da obra de Furtado para o Brasil e América Latina, o sistema financeiro internacional, aspectos regionais do desenvolvimento e crítica à teoria econômica tradicional.

O título aborda a forte influência que Furtado exerceu no pensamento econômico brasileiro e latino-americano. Em pesquisa realizada em 2007 pelo jornal Valor Econômico, com 63 economistas brasileiros, para identificar o economista mais importante do Brasil, Furtado obteve 25 votos, apenas dois a menos que o vencedor, Mario Henrique Simonsen. O resultado da enquete foi publicado nas edições de 10, 11 e 12 de agosto daquele ano.


Celso Furtado e o século XXI
445 páginas
ISBN: 85-98416-25-8
ed: Barueri: Manole; Rio de Janeiro: IE/UFRJ

Organizadores
João Saboia
Fernando J. Cardim de Carvalho

Co-autores
Arturo Guillén R.
Carlos Aguiar de Medeiros
Eduardo da Motta e Albuquerque
Eleutério F. S. Prado
Eugenia Correa
Fabio S. Eber
Fernando J. Cardim de Carvalho
Flavio Peixoto
Gregorio Vidal
Helena Maria Martins Lastres
Jair do Amaral Filho
João Antônio de Paula
João Saboia
Jorge Katz
José Eduardo Cassiolato
Luiz Carlos Bresser-Pereira
Maurício Coutinho
Octavio Rodríguez
Pedro Cezar Dutra Fonseca
Renato Baumann
Ricardo Bielschowsky
Theotonio dos Santos
Vicente Guimarães
Wilson Cano

 

Trechos do prefácio de Francisco de Oliveira
"Tem razão João Saboia, organizador deste livro: o pensamento de Celso Furtado, sua herança teórica, sua luta pelo desenvolvimento latino-americano, sua postura ética e sua vocação de servidor público são cada vez mais celebrados como um patrimônio da nação brasileira e de outros países de sua amada América Latina. Furtado é o mais latino-americano dos brasileiros.

Recuperar o pensamento de Celso Furtado, que sempre foi produzido para a ação, não é uma tarefa simples. Fazê-lo passar pela prova da História, isto é, transformá-lo em agenda da política e de novo em ação é ainda mais difícil. Nos termos de Gramsci, a obra de Furtado tornou-se uma ideologia, vale dizer, uma forma de pensar o mundo latino-americano e informar a ação reformadora. Poucas produções teóricas podem se gabar dessa façanha. Marx já dizia que a teoria tem uma força transformadora insuspeitada quando é tomada pelos homens como arma na luta de classes.
«Furtado tem sido estudado como economista, mas a dimensão e a profundidade políticas de seu pensamento são claramente subestimadas mesmo pelos que lhe seguem os passos teóricos. Neste sentido, Furtado é também um herdeiro de outra tradição da ciência social brasileira, encarnada nos pensadores autoritários das quatro primeiras décadas do século XX: a de um pensamento para a ação transformadora. Furtado nega as posições conservadoras daquela plêiade, mas não vacila em pensar para a ação política.

Esta obra deve ser obrigatoriamente ponto de partida, mas não de chegada. Isto é, um enorme esforço teórico deve ser feito para interrogar sobre as novas condições das nações em um capitalismo globalizado – ou mundializado, como prefere Chesnais –, bem como sobre os novos sujeitos da História e sobre as formações políticas. Chame-se globalização ou mundialização, este é um processo real, e não apenas ideológico. Este conjunto de trabalhos é resultado de mais um seminário organizado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) e resgata, recupera, sem cloná-lo, mas também sem anacronismos, o pensamento de Furtado. Por isso, intitulei este prefácio plagiando Furtado – Para retomar a Construção Interrompida."

 






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