Na terça-feira dia 28 de maio a historiadora Dulce Pandolfi e a cineasta Lúcia Murat fizeram um corajoso e comovente depoimento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a convite da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, presidida pelo advogado Wadih Damous, e cujos depoimentos são em seguida encaminhados à Comissão Nacional da Verdade.  Dulce e Lúcia foram presas políticas nos anos 1970, durante a ditadura militar, e foram torturadas nas dependências do Doi-Codi do Rio de Janeiro. Ao relatarem, diante de um plenário lotado, tudo o que sofreram, não as moveu, conforme disseram, nenhum desejo de revanchismo ou vingança. Moveu-as o imperativo, tão simples como fundamental, de contar, porque todos precisam saber. A presença de Dulce Pandolfi na diretoria do Centro Celso Furtado honra uma instituição cujo patrono foi forçado ao exílio por essa mesma ditadura militar. O Conselho Deliberativo do Centro expressa toda a sua solidariedade à firmeza e correção de Dulce e Lúcia, que souberam medir a importância, para o país, de superar o insuperável.  

Leia o depoimento de Dulce Pandolfi.

Leia o depoimento de Lucia Murat.