Lançamento do Livro Celso Furtado: 100 anos, coletânea de ensaios em sua homenagem.
Neste mês de julho encerram-se as comemorações do centenário de nascimento de Celso Furtado. Muitas foram as homenagens no Brasil e no exterior ao renomado economista paraibano que, inclusive, surpreenderam os seus inúmeros seguidores e estudiosos de sua obra. Na Paraíba não foi diferente. Foram lançados até agora seis livros, uma revista, dois encartes de jornal, um livreto de Cordel e um selo comemorativo. A esse acervo literário e cultural furtadiano e para encerrar com o devido brilhantismo essas manifestações comemorativas ao centenário incorpora-se, agora, o livro publicado pela Editora da UFPB Celso Furtado: 100 anos, fruto da iniciativa conjunta do Conselho Regional de Economia e do Núcleo Celso Furtado da UFPB. O lançamento deste livro coloca como prioridade dois objetivos: (i) despertar o interesse dos jovens pelo pensamento e obras de Celso Furtado; (ii) ampliar o conhecimento público sobre a relevância da contribuição de Celso Furtado ao pensamento econômico sobre o desenvolvimento.
A solenidade de lançamento do livro será online, na próxima quinta-feira (15/7), às 10h., com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Corecon-PB.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=OcYWlG4R4Ys
O livro organizado pelos economistas Celso Mangueira e Márcia Paixão reúne 11 textos de 17 autores e se estrutura em três partes: PARTE I - Da longa convivência à superação do status-quo; PARTE II - Uma abordagem interdisciplinar do desenvolvimento; PARTE III - Sonhos de um mundo com seus livros e discípulos.
Na primeira, temos um relato muito expressivo do Prof. Clóvis Cavalcanti (UFPE), de sua longa convivência intelectual, institucional e pessoal com o mestre Celso Furtado. Como mencionado na Introdução, o artigo do Prof. Clóvis Cavalcanti corresponde a uma verdadeira viagem no tempo.
Essa primeira parte é concluída com o texto do Prof. Marcos Formiga (UnB) que destaca, entre outros aspectos da contribuição do mestre, seu espírito investigativo estatístico na busca de informações e cálculo de dados econômicos para suas análises numa época em que havia carência de dados sobre o próprio produto nacional.
Na segunda parte do livro temos a interdisciplinaridade na busca do tão almejado desenvolvimento brasileiro, apoiada, total ou parcialmente, na herança do mestre.
A terceira parte da nossa obra comemorativa do centenário de Celso Furtado é concluída com um instigante artigo do Prof. Cristovam Buarque (UnB e Ministro da Educação em 2003). Como anunciado na Introdução, na busca permanente pelo desenvolvimento brasileiro ele faz uma pergunta de discípulos ao mestre “E, agora Celso?”. Entre outros aspectos, alerta sobre a necessidade de se reconhecer o bem-estar social, a estabilidade monetária e jurídica e o conhecimento como fatores de produção essenciais na era da globalização e da inteligência artificial.