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Crescimento clássico e crescimento retardatário: uma necessária (e urgente) estratégia de longo prazo para políticas de desenvolvimento


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  • Crescimento clássico e crescimento retardatário: uma necessária (e urgente) estratégia de longo prazo para políticas de desenvolvimento

    João Paulo de Almeida Magalhães.

    Rio de Janeiro: Contraponto, Sidecon, 2012

    204 páginas

    ISBN: 9788578660741

 

 

 Lançamento com debate no Corecon-RJ, quarta-feira, 3 de abril, às 18h30.

Corecon-RJ: Avenida Rio branco, 109 - 19º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ

 

O Brasil atravessa hoje um momento crítico de sua história econômica. O país registrou, desde o término da Segunda Guerra Mundial até 1980, incremento anual médio do PIB em torno de 7%. Depois de 1980, essa taxa declinou para menos de 3%. A causa desses maus resultados foi a adoção do receituário neoliberal, sacramentado em 1990 pelo Consenso de Washington. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao romper com o neoliberalismo e acelerar durante alguns anos o crescimento do PIB, gerou uma onda de otimismo, logo após desmentida pela volta às baixas taxas anteriores de crescimento. E bem mais grave, por ser de caráter estrutural e dificilmente reversível, é o acelerado processo de desindustrialização em curso no país.

O trabalho mostra que, para modificar essa situação, é indispensável romper com a visão de curto prazo que domina a política econômica brasileira e tem como uma de suas mais claras e nocivas manifestações a absoluta prioridade concedida às metas de inflação, com total abandono das metas de desenvolvimento. O Brasil necessita, urgentemente, de uma estratégia econômica de longo prazo, que deve ter como base o reconhecimento da diferença entre o crescimento clássico, historicamente registrado nos atuais países desenvolvidos, e o crescimento retardatário, em curso nas economias emergentes.

Essa estratégia deve ser baseada em um modelo teórico que a justifique e defina suas linhas básicas. Tanto a experiência dos bem-sucedidos países asiáticos quanto a de países latino-americanos comprovam que as políticas de desenvolvimento, contrariamente à prioridade usualmente concedida ao aumento de poupanças, devem se concentrar na criação, ou conquista, de mercados de dinamismo e tamanho adequados ao objetivo de eliminação do atraso econômico. Preenchida essa condição, as poupanças necessárias, nacionais e estrangeiras, se elevam endogenamente.

João Paulo de Almeida Magalhães é “docteur ès sciences économiques” (doutorado de Estado) pela Universidade de Paris I. Em sua carreira acadêmica obteve os títulos de livre docente da Universidade de São Paulo, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Publicou mais de uma dezena de livros sobre o desenvolvimento econômico, sendo os dois últimos “Nova estratégia de desenvolvimento para o Brasil” (Paz e Terra, 2005) e ”O que fazer depois da crise: contribuição do desenvolvimentismo keynesiano” (Contexto, 2009). É pesquisador do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro.

Texto da orelha.
Disponível em: http://www.contrapontoeditora.com.br/produtos/detalhe.php?id=296

 






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