7º Congresso 2025
6º Congresso 2024
5º Congresso 2022
4º Congresso 2018
3º Congresso 2016
2º Congresso 2014
1º Congresso 2012

Apresentação

O estudo do desenvolvimento constituiu um dos objetos mais relevantes do debate econômico, social e político desde a primeira metade do século XX. Surgido em um momento histórico de constatação dos limites impostos pelo comércio internacional e pela crítica ao modelo econômico pautado no dogma dos mercados autorregulados, no período do entreguerras, a disputa sobre a ideia de desenvolvimento tornou-se por excelência o campo intelectual, político e de alternativas práticas para que os países da periferia tardia do capitalismo, marcados pela herança colonial e pelas restrições da hegemonia primário-exportadora, pudessem construir outras vias para consecução do desenvolvimento e da modernização de suas estruturas socioeconômicas.

Em suas trajetórias ao longo deste período, grande parte dos países latino-americanos dialogou ou adotou, em momentos diversos e com força diversa, concepções econômicas alinhadas ao estruturalismo cepalino e mais adiante à teoria da dependência. Como resultado desse processo, surgiu uma nova concepção sobre o lugar e a identidade da periferia pós-colonial, em especial pela consciência de uma formação histórica particular (tema destacado com maestria na obra de Celso Furtado), associada a uma importante inovação epistemológica ao tornar absolutamente transdisciplinar o esforço intelectual de compreensão do tema do progresso e suas conexões e consequências sobre o conjunto da vida social. Em torno do campo do desenvolvimento – que inclui a concepção de subdesenvolvimento, o modelo desenvolvimentista e as experiências nacional-desenvolvimentistas – configurou-se uma robusta e complexa constelação teórico-política que uniu a produção intelectual e os dilemas sociais, ressignificou a ação do Estado, reposicionou as relações geopolíticas, o papel dos trabalhadores/empresários, a questão rural e o mundo urbano, a renda e os direitos, a inovação e a educação, as instituições, o meio ambiente e a cultura no desafio contido nas fronteiras de um projeto nacional que pretendia atingir a autonomia, a sustentabilidade e a soberania.
A constelação que orbita no eixo do desenvolvimento não é estática. Organizou-se por disputas internas e externas, por momentos históricos de maior expressividade e outros de recuo, por modificações em suas teses, objetivos e ferramentas pari passu às transformações mundiais e à dinâmica interna dos países latino-americanos. Nesse quadro, destacamos a longevidade da presença das discussões e projetos alinhados ao campo do desenvolvimento na trajetória brasileira desde as mudanças decorrentes da Revolução de 1930 e permanecendo no horizonte do debate econômico e político até hoje. E, talvez mais atual, necessário e estratégico que nunca. Por um lado, dado o quadro crítico que vivenciamos após o choque provocado pela crise sanitária da Covid-19, pela desaceleração e crise da economia no Brasil e no mundo, pela intensificação dos riscos ambientais e pelo agravamento dos problemas energéticos. De outro ângulo, vivemos um contexto de ameaças à cultura e instrumentos do Estado democrático de Direito, com ascensão de pautas negacionistas e de projetos políticos protofascistas, balcanização do debate na esfera pública e nas múltiplas mídias existentes atualmente, pela defesa de violação de direitos e da vida e pela redução do horizonte de esperanças.
É com base nesse cenário e no sentido de urgência histórica que o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento realizará seu V Congresso Internacional com o tema Desenvolvimento: conceito, ferramenta e projeto para superação da crise.
O V Congresso ocorrerá de forma híbrida, parte presencial e parte virtual, sediado no Instituto de Economia da UFRJ e tendo como parceiros muitas das instituições que incorporam em sua área de atuação as múltiplas faces do desenvolvimento. Muito nos orgulha este diálogo e a possibilidade de trabalharmos em rede, nacional e internacional.
 

O Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, preocupado com o futuro da indústria brasileira, promoverá seu 4º Congresso em agosto de 2018. A temática do evento problematizará a Quarta Revolução Industrial e seus impactos sobre a estrutura produtiva nacional. Sabe-se que o sistema capitalista nasceu e consolidou-se a partir da Revolução Industrial Inglesa, no final do século XVIII (Indústria 1.0). Um século depois, uma nova onda de inovações radicais, como a energia elétrica, o motor a combustão e a petroquímica provocaram nova transformação nas estruturas produtivas dos países avançados, consolidando o paradigma de produção em massa denominado de fordismo. (Indústria 2.0). A partir da década de 1970, presenciamos mais uma vez o nascimento e difusão de uma nova onda de tecnologias disruptivas, com impactos na economia e instituições de países desenvolvidos e em desenvolvimento (Indústria 3.0). A microeletrônica possibilitou automatizar a produção industrial e elevar de modo significativo a produtividade, e as tecnologias da informação e comunicações alteraram a divisão internacional do trabalho e a geografia econômica mundial, com a ascensão industrial dos países asiáticos.

Atualmente, governos, pesquisadores e a mídia especializada das principais potências econômicas mundiais asseguram que a Quarta Revolução Industrial possibilitará um novo salto de produtividade no sistema capitalista, com impactos profundos no mundo do trabalho e nas atividades manufatureiras de economias periféricas, em razão das possibilidades de reindustrialização dos países avançados. Além de levar a automação para os limites do sistema industrial, a nova revolução promete autonomizar a produção manufatureira.

O Brasil conseguiu internalizar as principais indústrias e instituições de sua época durante seu processo de industrialização no século XX. A partir do modelo de substituição de importações, diversos governos instituíram políticas desenvolvimentistas, possibilitando o catching up brasileiro à segunda revolução industrial, ou à Indústria 2.0. Todavia, no final do século XX, um profundo processo de desindustrialização e reprimarização produtiva impediu a economia brasileira de ingressar na onda da Indústria 3.0.

O 4º Congresso do Centro Celso Furtado reunirá especialistas para discutir o futuro do Brasil diante da nova revolução industrial. O que é a Indústria 4.0? Quais as principais ações que países desenvolvidos e em desenvolvimento vem adotando para o seu ingresso de forma dinâmica nessa nova onda? A Indústria 4.0 é uma janela de oportunidade para o Brasil dar um salto em sua trajetória de desenvolvimento? Ou, a quarta revolução industrial poderá aumentar a distância do parque produtivo nacional em relação à fronteira tecnológica internacional? Essas são algumas questões que serão debatidas nos dias 9 e 10 de agosto de 2018.

Programação
9 de agosto

Abertura

Roberto Saturnino Braga – Diretor-presidente do Centro Celso Furtado
Samuel Pinheiro Guimarães – Presidente do Conselho Deliberativo do Centro Celso Furtado
Rosa Freire d’Aguiar – Membro do Conselho Deliberativo do Centro Celso Furtado
Pedro Celestino – Presidente do Clube de Engenharia
Marcelo Arend – Coordenador do 4º Congresso Internacional

Conferência de Abertura: “Quarta revolução industrial e os desafios para o Brasil”

Luciano Coutinho (Unicamp / Ex-presidente do BNDES)

 

Painel 1: “Os trabalhadores e a Industria 4.0”

João Eduardo de Moraes Pinto Furtado (USP)
Artur Henrique Santos (Fundação Perseu Abramo)

Painel 2: “Diagnósticos dos problemas da indústria nacional”

Antonio Correa de Lacerda (PUC/SP)

Marcelo Arend (UFSC)
Marcio Pochmann (IE/Unicamp / Fundação Perseu Abramo)

Painel 3: “Perspectivas de desenvolvimento industrial”

Carmem Feijó (UFF)
Esther Dweck (IE/UFRJ)
José Eduardo Cassiolato (IE/UFRJ)

10 de agosto

Painel 4: “Vocações do Brasil e a questão industrial”

André Furtado (DPCT/Unicamp)

Reinaldo Guimarães (NUBEA/UFRJ)
Paulo Cesar Smith Metri (CREA-RJ/Clube de Engenharia)
Marcio Nobre Migon (BNDES)

Painel 5: Políticas de Inovação para a indústria 4.0
David Kupfer (IE/UFRJ)
Eduardo da Motta Albuquerque (CEDEPLAR/UFMG)
Jorge Saba Arbache Filho (UnB / MPDG)

Conferência de Encerramento: As mudanças da geopolítica mundial e as estratégias brasileiras

Celso Amorim (Embaixador / Ex-Ministro da Rel. Exteriores)

 

Exibição do filme

Livre pensar – cinebiografia de Maria da Conceição Tavares, de José Mariani

Realização:

Apoio:

    

O desenvolvimento da Amazônia sempre foi considerado, salvo em poucos e curtos períodos, como uma questão meramente regional. Com o advento das questões ecológicas como condicionantes do desenvolvimento global a região tornou-se item regular nas preocupações internacionais, em face dos efeitos que seu comprometimento ambiental pode ter nos ciclos biogeoquímicos do planeta. De questão regional tornou-se questão internacional sem ter sido, de forma efetiva, questão brasileira.

É hora de assumir esta responsabilidade e formular diretrizes para um processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia que respeite os condicionantes ecológicos, que propicie melhorias na qualidade de vida de seu povo, que possibilite a mobilização de seu imenso patrimônio biológico, mineral, energético, e de conhecimento autóctone, como capital estratégico gerador de riqueza. Tal processo precisa se fundamentar em Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I) comprometidas com a geração e uso econômico do conhecimento, em natural associação a toda a Pan-Amazônia.

Torna-se, pois, necessária a busca de novas abordagens visando perspectivas mais duradouras na direção da sustentabilidade do desenvolvimento. O fazer científico na e sobre a Amazônia precisa estender suas conquistas para o equacionamento desse grande desafio: produzir e usar adequadamente tecnologia e inovação para dar sustentação a uma economia saudável ambientalmente e justa socialmente.

E ainda, o desenvolvimento da Amazônia Brasileira não pode ocorrer em desconexão com as porções amazônicas dos demais países que a integram. Há outros vínculos com potenciais virtuosos entre o Brasil e os demais países da Pan-Amazônia: cultura e história comuns, um mercado relevante para trocas internacionais, a condição de serem fronteira de recursos e região pivô da agenda geopolítica internacional.

Portanto, a Amazônia Brasileira, a princípio tratada como um problema regional e “extra-muros”, eleva-se à categoria de desafio em escala global. Tornou-se imperativo, agora, sua inclusão definitiva e estratégica a ser realizada pelo processo integral de desenvolvimento brasileiro. Repete-se na Pan-Amazônia esse viés de questão especificamente ambiental. Para superar essa limitação, a região deve ganhar densidade e inclusão nos programas internacionais das agências multilaterais de desenvolvimento. Esta imensa região geopolítica da América do Sul precisa possuir uma visão socioeconômica abrangente na busca do aumento dos padrões de qualidade de vida, dos assentamentos urbanos, rurais e florestais.

O 3º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado debaterá essa temática, buscando na intelligentsia de seus quadros e parceiros de todas as latitudes o suporte cognitivo para refletir e propor soluções de políticas públicas sobre tão importante desafio. Há, para tal empreitada, além da produção atual de tantos especialistas nacionais e internacionais, como foi Bertha Becker, o legado do patrono, Celso Furtado, com suas contribuições teórico-metodológicas, passando pelas referências regionais, como Armando Mendes e Samuel Benchimol. Somam-se as contribuições de latino-americanos cepalinos com atuação longeva desde Raúl Prebisch em prol do desenvolvimento da América Latina.

Comissão Organizadora:

Roberto Saturnino Braga (Centro Celso Furtado)
José Alberto da Costa Machado (UFAM)
Manuel Marcos Maciel Formiga (UnB)
Mauro Thury Vieira Sá (UFAM)
Roberto Ramos Santos (UFRR)
Glauber Cardoso Carvalho (Centro Celso Furtado)
 

Local:

Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho
Faculdade de Estudos Sociais
Auditório Rio Amazonas

 


 

Programa

 

15 de setembro – manhã

 

Solenidade de Abertura e Ato Cultural

Roberto Saturnino Braga (Centro Celso Furtado)
Rosa Freire d’Aguiar Furtado (Centro Celso Furtado)
Marcia Perales Mendes Silva (UFAM)
Sylvio Puga (UFAM)
Jorge Habib Hanna El Khouri (Itaipu Binacional)

 

Conferência de Abertura: “Panamazonía y el futuro de America de Sur”

María Jacqueline Mendoza Ortega (Embaixadora, OTCA)

 

15 de setembro – tarde

 

A Pan-Amazônia e a Amazônia brasileira

Análise das interações existentes entre as dinâmicas de desenvolvimento de toda a Pan-Amazônia.

Coordenador: Osiris Silva
Theotônio dos Santos (UERJ / Unesco)
Rosalia Arteaga (Ex-presidente do Equador)
Pedro Silva Barros (Unasul)

 

Saúde dos povos tradicionais

Como aliar saúde e desenvolvimento no contexto amazônico dos povos tradicionais, cuidando da proteção, mas, entendendo os processos naturais que emanam da floresta.

Coordenador: Helena Maria Martins Lastres (UFRJ)
José Carlos Tavares (Unifap)
Evelyne Marie Therese Mainbourg (UFAM / Fiocruz-Amazônia)
Regina Célia de Rezende (DASI)

 

Questões do direito: biotecnologia, direito ambiental e questão fundiária

Debater as questões jurídicas sobre temas latentes na região amazônica, como a biotecnologia, o direito ambiental e a questão fundiária, assim como temas correlatos que cada item enseja.

Coordenador: Gilberto Bercovici (USP)
Alessandro Octaviani (USP)
Girolamo Domenico Treccani (UFPA)
Solange Teles da Silva (Makenzie)

 

Ato Cultural

Homenagem ao Poeta da Floresta Thiago de Mello.

 

16 de setembro – manhã

 

Conferência “O desenvolvimento da Amazônia e a soberania nacional”

Apresentar o cenário das circunstâncias que permeiam a segurança, a proteção e o desenvolvimento da Amazônia e as implicações para a soberania nacional.

Gen. Geraldo Antonio Miotto (Comandante Militar da Amazônia, Exército Brasileiro)

 

Ciência e desenvolvimento na Amazônia

Discutir a importância da ciência para compreensão e conservação da Amazônia e também para ensejar tecnologias de fins produtivos e de modo sustentável.

Coordenador: Adalberto Val (INPA)
Antonio Carlos Filgueira Galvão (CGEE)
Ennio Candotti (Museu da Amazônia)
Pedro Celestino da Silva Pereira Filho (Clube de Engenharia)

 

Cadeias globais de valor, Áreas Econômicas Especiais e inserção da Amazônia

Debater sobre as possibilidades de inserção da produção amazônica nas grandes cadeias internacionais de valor e as possibilidades das áreas econômicas especiais como estratégia de desenvolvimento da Amazônia.

Cristina Fróes de Borja Reis (UFABC)
Jean Marc Siröen (Université Paris 9-Dauphine)
Rebecca Garcia (Suframa)

 

16 de setembro – tarde

 

Desindustrialização e (re)industrialização: no Brasil e implicações para a Amazônia

Discutir o panorama atual e perspectivas da desindustrialização e (re) industrialização no Brasil e como tais dinâmicas interagem com o desenvolvimento da Amazônia.

Coordenador: Kamilla Loureiro e Silva (UFAM)
Mauro Thury de Vieira Sá (UFAM)
Marta dos Reis Castilho (UFRJ)

 

Os potenciais hídricos da Amazônia e o futuro energético do Brasil

Futuro energético hídrico e mineral do Brasil e da Amazônia.

Coordenador: Marcelo Diniz (UFPA)
Jorge Habib Hanna El Khouri (Itaipu Binacional)
Rubem Cesar Rodrigues Souza (CDEAM / UFAM)

 

Arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais: meio de inclusão social e desafios de sua sustentação

Debater o papel e as possibilidades dos ASPIL em relação ao desenvolvimento da Amazônia.

José Cassiolato (UFRJ)
José Sandro da Mota Ribeiro (Departamento de Desenvolvimento Regional/SEPLAN-CTI/AM)
Elenice Assis do Nascimento (Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá)

 

Amazônia e pacto federativo: questões tributárias, repartição de receitas, diretrizes orçamentárias e contingenciamentos

Discutir os efeitos sobre o desenvolvimento da Amazônia decorrentes das políticas vigentes relacionadas com repartição de receitas, contingenciamentos, diretrizes orçamentárias e similares.

Coordenador: Ronney Cezar Campos Peixoto (SEPLAN-CTI)
Claudio Alberto Castelo Branco Puty (UFPA)
Eduardo Monteiro da Costa (UFPA)
José Alberto da Costa Machado (MPE-AM)

 

Conferência de Encerramento: “A política externa e a Amazônia”

Samuel Pinheiro Guimarães Neto (Centro Celso Furtado)

 


 

Realização:

 

Patrocinador:

 

Sócios Patronos:

 

O 2º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado vai se realizar num momento de demoradas dificuldades econômicas e inquietação social nos países mais ricos, compondo um quadro de impasses e descrença no sistema político tradicional, demandando novas formulações da Democracia.
No Brasil, o momento é também de algum embaraço na economia e, sobretudo, de tensões políticas marcadas por manifestações de inconformidade popular nas ruas e pelo clima de disputa eleitoral próxima.
Em resposta às demandas desse quadro nacional e mundial, o Centro Celso Furtado decidiu orientar o seu Congresso para o tema “Um Novo Desenvolvimento para uma Nova Democracia”, em busca de ideias, sugestões e proposições que apontem para o caminho de novos paradigmas de organização política e econômica para as sociedades do século XXI.
A ousadia da proposta, que obviamente deve ser temperada com a maturidade do pensamento típico de Celso Furtado, tem fundamento na situação especial vivida pelo Brasil no momento, e na atenção mundial de que vem sendo alvo. O Brasil é uma nação de grandes dimensões territoriais, demográficas a econômicas, é um dos emergentes do novo século e tem uma liderança incontestada no continente sul-americano, politicamente bastante inovador nos tempos recentes; é um país que superou definitivamente o período de golpes e ditaduras e consolidou o regime democrático, realizando um feito incomum, a eleição para a Presidência de um torneiro mecânico que obteve grande aprovação.
O Brasil tem experiências bem-sucedidas de democracia participativa, em governos locais como Rio de Janeiro e Porto Alegre, e no governo federal com a importância da contribuição dos conselhos setoriais e as conferências nacionais. Essa nova dimensão democrática está também na ligação histórica do seu maior partido, o PT, com os movimentos sociais organizados, e nas manifestações de rua multiplicadas recentemente. O Brasil tem uma tradição histórica de solução negociada de conflitos, de defesa permanente e consistente da Paz, de participação construtiva na Organização das Nações Unidas (ONU), uma nação que nunca aspirou a ser potência militar, mas sempre ser uma grande Potência da Paz.
Estas são as linhas que definem o espírito do 2º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado; linhas projetadas pelo pensamento de seu mestre inspirador, que o Centro espera sejam consideradas, de forma objetiva, crítica e propositiva, pelos seus participantes e convidados.

Comissão organizadora:

Amélia Cohn (USP)
Ana Célia Castro (UFRJ)
Carlos Pinkusfeld Bastos (UFRJ)
Lena Lavinas (IE-UFRJ)
Marcos Dantas (UFRJ)
Pedro de Souza (Centro Celso Furtado)
 

 

Programa

 

18 de agosto – manhã

 

Abertura

Luciano Coutinho (BNDES)
Rosa Freire d’Aguiar (Centro Celso Furtado)
Roberto Saturnino Braga (Centro Celso Furtado)

Conferência: “Um novo desenvolvimento para uma nova democracia”

José Antonio Ocampo (Columbia University)

 

A relação entre democracia e desenvolvimento no antigo e no novo desenvolvimentismo

Coordenação: Wilson Vieira (Unipampa)
Theotonio dos Santos (UFF / UERJ)
Vera Alves Cepêda (UFSCar)

 

Ciência, tecnologia e inovação: desafios para a competitividade

Coordenação: Luiz Martins de Melo (Finep)
José Eduardo Cassiolato (UFRJ)
Luiz Antônio Elias (BNDES)

 

Desindustrialização na América Latina

Coordenação: Carlos Henrique Horn (UFRGS / BRDE)
Arturo Guillén (UAM-I)
Wilson Cano (Unicamp)

 

18 de agosto – tarde

 

Para onde vãos os BRICS

Coordenação: Marcos Costa Lima (UFPE)
Anna Jaguaribe (UFRJ)
Daniel Aarão Reis Filho (UFF)
Deepak Nayyar (Jawaharlal Nehru University)

Mercado de trabalho, política social e heterogeneidade estrutural na América Latina

Coordenação: Lena Lavinas (UFRJ)
Cristina Cacciamali (USP)
Mario Velasquez (Ministerio de Trabajo y Previsión Social, Chile)
Rubén Lo Vuolo (CIEPP, Argentina)

 

Desafios do novo desenvolvimento

Coordenação: Márcio Pochmann (Fundação Perseu Abramo)
Ademar Ribeiro Romeiro (Unicamp)
Luiz Carlos Bresser-Pereira (FGV-SP)

 

Propostas para o futuro da educação no Brasil

Coordenação: Claudio Salm (UFRJ)
Romualdo Portela (USP)
Sergio Haddad (Ação Educativa)

 

História e desempenho econômico brasileiro: perspectivas furtadianas

Coordenação: Mauro Boianovsky (UnB)
Jaques Kerstenetzky (UFRJ)
Luiz Carlos Delorme Prado (UFRJ)
Maurício Coutinho (Unicamp)
 

Homenagem a Hélio Jaguaribe

José Octávio de Arruda Mello (Centro Celso Furtado)

 

O Nordeste na construção do Brasil do futuro

Coordenação: Francisco das Chagas Soares (BNB)
Ana Cristina Fernandes (UFPE)
Henrique Jorge Tinôco de Aguiar (Sudene)
Inez Silvia Batista Castro (UFC)
Jair do Amaral Filho (UFC)

 

Comunicação e desenvolvimento

Coordenação: Marcos Dantas (UFRJ)
Cesar Bolaño (UFS)
George Kornis (UERJ)

 

19 de agosto – manhã

 

Conferência: “Brics: Um novo fundo monetário e um novo banco de desenvolvimento”

Paulo Nogueira Batista (Fundo Monetário Internacional)

 

O centenário de Ignácio Rangel

Coordenação: Roberto Saturnino Braga (Centro Celso Furtado)
Luiz Carlos Bresser-Pereira (FGV-SP)
Maria da Conceição Tavares (UFRJ e Unicamp)
Maria Malta (UFRJ)

 

O centenário de Rômulo Almeida

Coordenação: Marcos Costa Lima (UFPE)
Alexandre de Freitas Barbosa (USP)
Roberto Smith (Adece)

19 de agosto – tarde

 

Análise de cenários com base em incertezas críticas

Coordenação: Tania Bacelar (UFPE)
Cláudio Figueiredo Leal (BNDES)
Francisco José Araújo Bezerra (BNB)
Marcio Percival Alves Pinto (Caixa)
Paulo Roberto Rodrigues Evangelista (Eletrobras)
Rômulo do Couto Alves (Petrobras)

 

Energia para um novo modelo de desenvolvimento

Coordenação: André Furtado (Unicamp)
Adilson de Oliveira (UFRJ)
Roberto Pereira D’Araújo (Ilumina)
Sergio Valdir Bajay (Unicamp)

 

Dilemas do desenvolvimento e da democracia no Brasil do século XXI

Coordenação: Pedro Paulo Zahluth Bastos (Unicamp)
Marcus Ianoni (UFF)
Pedro Dutra Fonseca (UFRGS)
Ricardo Bielschowsky (UFRJ)

 

A nova democracia no século XXI

Coordenação: Roberto Saturnino Braga (Centro Celso Furtado)
Alessandro Pinzani (UFSC)
Gabriel Cohn (USP / Unifest)
José Sergio Leite Lopes (UFRJ)
Vicente Carlos Y Pla Trevas (Prefeitura de SP)

 

Integração da América do Sul enquanto projeto de desenvolvimento comum

Coordenação: José Carlos de Assis (UEPB)
Aldo Ferrer (Universidad de Buenos Aires)
Maria Fernanda Ramos Coelho (Ex-Presidente da Caixa)
Samuel Pinheiro Guimarães (Instituto Rio Branco)

 

Capacidades estatais nos BRICS

Coordenação: Alexandre Gomide (IPEA)
Ana Célia Castro (UFRJ)
Flávio Gaitán (UNILA)
Renato Boschi (UERJ)

 

O federalismo brasileiro: dinâmicas recentes e novos desafios

Coordenação: Ricardo Ismael (PUC-Rio)
Aristides Monteiro Neto (IPEA)
Carlos Brandão (UFRJ)
Constantino Cronemberger Mendes (IPEA)

 

20 de agosto – manhã

 

Conferência: “Globalização e democracia”

Deepak Nayyar (Jawaharlal Nehru University)

 

O financiamento do desenvolvimento

Coordenação: João Carlos B. de Melo (Centro Celso Furtado)
Fernando Cardim (UFRJ)
João Carlos Ferraz (BNDES)
Nelson Barbosa (Eesp/Ibre-FGV)

 

A questão social e os desafios do desenvolvimento

Coordenação: Dulce Pandolfi (FGV-RJ)
Amélia Cohn (USP)
Eduardo Fagnani (Unicamp)
Gilberto Bercovici (USP)

 

Consumo de massas e crescimento na América Latina

Coordenação: Carmem Feijó (UFF)
Carlos Medeiros (UFRJ)
Célia Lessa (UFF)
Luiz Fernando Rodrigues de Paula (UERJ)

 

Amazônia e desenvolvimento: C&T&I requerida, demandas da indústria e suportes para investimentos

Coordenação: José Alberto da Costa Machado (UFAM)
Ennio Candotti (Museu da Amazônia)
Marcos Formiga (UnB)
Mauro Thury (UFAM)
Oduval Lobato Neto (Banco da Amazônia)

 

20 de agosto – tarde

 

Mesa Redonda: “2004-2014: a atualidade de Celso Furtado dez anos após sua morte”

Coordenação: Rosa Freire d’Aguiar (Centro Celso Furtado)
Afrânio Garcia (EHESS)
Aldo Ferrer (Universidad de Buenos Aires)
Almino Affonso (Ex-Ministro do Trabalho)
Angelo Oswaldo de Araújo Santos (Instituto Brasileiro de Museus)
Carlos Brandão (UFRJ)
Luiz Felipe de Alencastro (Universidade de Paris e FGV-SP)

 

Exibição do filme

Um sonho intenso, de José Mariani

 

 

Realização:

Sócios Patronos:

Patrocinadores:

Apoio de mídia

O Centro Celso Furtado reúne de 15 a 17 de agosto de 2012 o seu primeiro Congresso de Desenvolvimento, “A crise e os desafios para um novo ciclo de desenvolvimento”. Nesta primeira edição dá-se a palavra aos sócios do Centro. Intelectuais, professores e responsáveis políticos se reconhecendo na obra e ação pública de Celso Furtado propuseram os temas de debate, apontando para alguns dos principais desafios que se põem à sociedade brasileira diante da incerteza da crise.

Coube à comissão organizadora convidar os conferencistas, coordenar o conjunto das mesas e a participação dos sócios-patronos do Centro Internacional Celso Furtado: BNDES, Caixa Econômica Federal, Eletrobras, Petrobras, Banco do Nordeste do Brasil, empresas cuja participação foi fundamental nos esforços da nação para que o país ultrapassasse de forma relativamente confortável a crise de 2008.

Enquanto os desdobramentos dessa crise da globalização financeira continuam castigando duramente várias regiões do globo, a América do Sul parece relativamente ao abrigo, e armada para absorver uma parte do seu déficit social histórico. Porém, esse mundo incerto apresenta novos desafios a que o Brasil deve responder. Esse o objetivo desse Congresso.

Algumas das mesas do Congresso “A crise e os desafios para um novo ciclo de desenvolvimento”, com comunicações dos participantes e debates, são de porte mais acadêmico, outras mais políticas. O Congresso do Centro Celso Furtado se dirige a estudantes, professores e pesquisadores de formações diversas, mas também ao público em geral, interessado nos rumos do desenvolvimento do país. Inscreva-se já, e venha pensar o Brasil.

Comissão organizadora:

Carmém Feijó (UFF)
Marcos Costa Lima (UFPE)
Ricardo Ismael (PUC-Rio)

Programa
15 de agosto – manhã

Abertura

João Carlos Ferraz (Vice-Presidente, BNDES)

Tania Bacelar (Presidente do Conselho Deliberativo, Centro Celso Furtado/UFPE)

Marcos Formiga (Diretor-Presidente, Centro Celso Furtado/UnB)

Palestra Inaugural: Developing countries in the world economy: falling behind and catching up

Deepak Nayyar (Jawaharlal Nehru University, New Delhi)

O novo desenvolvimentismo e a macroeconomia estruturalista do desenvolvimento

Luiz Carlos Bresser-Pereira (FGV-SP)

 

Lançamento de livros

Coordenação: Rosa Freire d’Aguiar Furtado (Centro Celso Furtado)

Amélia Cohn. Cartas ao Presidente Lula – bolsa família e direitos Sociais. Rio de Janeiro: Azougue, 2012.

Célia Lessa Kerstenetzky. O Estado do bem-estar social na idade da razão. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2012.

Marcos Costa Lima. Desafios da Inclusão Digital. Teoria, educação e políticas públicas. São Paulo: Hucitec, 2012.

 

15 de agosto – tarde

Desenvolvimento e a dimensão territorial no planejamento de ciência, tecnologia e inovação no Brasil

Coordenação: Carlos Antônio Brandão (UFRRJ)

Antonio Carlos Filgueira Galvão (CGEE)

Mariano de Matos Macedo (UFPR)

Ivo Marcos Theis (FURB)

México e América do Norte no contexto do Nafta

Coordenação: Arturo Guillén (Uam, México)

Hector Guillén (Universidad de Paris VIII)

Gregorio Vidal (Uam, México)David Barkin (Univ. Autonoma Metropolitana-Xochimilco)

 

Integração da América do Sul: desafios do desenvolvimento regional no século XXI

Coordenação: Ingrid Sarti (UFRJ)

Samuel Pinheiro Guimarães (Embaixador do Brasil)

Gerardo Caetano (Cefir/Mercosul e Udelar)

 

Governo, desenvolvimento e equidade: uma agenda de pesquisa para as ciências sociais no Brasil

Coordenação: Vera Cepêda (UFSCar)

Ricardo Ismael (PUC-Rio)

Bernardo Ricupero (USP)

Marcos Costa Lima (UFPE)

 

16 de Agosto – manhã

Conferência: Rumo a um novo contrato social para um desenvolvimento includente e sustentável

Ignacy Sachs (Maison des Sciences de l’Homme)

Vanessa Petrelli Corrêa (Presidenta, Ipea)

 

Novos temas sobre política industrial

Coordenação: David Kupfer (UFRJ)

Fernando Sarti (Unicamp)

João Carlos Ferraz (Vice-Presidente, BNDES)

 

Sustentabilidade do desenvolvimento e impactos socioambientais e territoriais do crescimento econômico

Coordenação: Clóvis Cavalcanti (UFPE e Fundação Joaquim Nabuco)

Renata Marson Andrade (Univ. Católica de Brasília)

David Barkin (Univ. Autonoma Metropolitana-Xochimilco)

 

16 de Agosto – tarde

A importância da dimensão política no novo ciclio de desenvolvimento brasileiro

Coordenação: Senador Saturnino Braga

Tania Bacelar (UFPE)

Eduardo Raposo (PUC-Rio)

Marcos Costa Lima (UFPE)

Milton Temer (PSOL)

 

Amazônia: de antes de 1912 a depois de 2012 – e algumas pedras no meio do caminho

Coordenação: Abidias José de Sousa Junior (Presidente, Banco da Amazônia)

Marcos Formiga (UnB)

Armando Dias Mendes (UFPA) (in memoriam)

José Alberto Machado (UFAM)

Marcondes Araújo (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação)

 

Inovação e desenvolvimento: os elos entre o estruturalismo latinoamericano e a corrente evolucionista

Coordenação: Helena Maria Martins Lastres (UFRJ/BNDES)

José Eduardo Cassiolato (UFRJ)

André Tosi Furtado (Unicamp)

Eduardo da Motta e Albuquerque (UFMG)

Paulo Fernando de Moura Cavalcanti (UFPB)

 

Os movimentos sociais e o desenvolvimento nacional

Coordenação: Dulce Pandolfi (FGV-Rio)

Betânia Ávila (SOS Corpo)

Itamar Silva (Ibase)

João Pedro Stedile (MST)

 

Transformações recentes no Nordeste e os desafios para as novas políticas de desenvolvimento

Coordenação: Jair do Amaral Filho (UFC)

Tania Bacelar (UFPE)

Marcelo Perrupato (Secretário de Política Nacional de Transportes)

Fernando Castilhos (Depto. Regional do Nordeste, BNDES)

Luis Henrique Romani de Campos (Fundação Joaquim Nabuco)

 

17 de agosto – manhã

 

Mesa de entrega dos Prêmio de Monografias da Eletrobras

José da Costa Carvalho Neto (Presidente, Eletrobras)

Marcos Formiga (Centro Celso Furtado / UnB)

Fernando Puga (BNDES)

 

Integração da energia na América do Sul

Coordenação: Adilson de Oliveira (UFRJ)

José da Costa Carvalho Neto (Presidente, Eletrobras)

Marcos Formiga (Centro Celso Furtado / UnB)

Ruderico Ferraz Pimentel (UFF/Eletrobras)

Fernando Puga (BNDES)

 

Novas abordagens sobre o pensamento de Celso Furtado

Coordenação: Mauro Boianovsky (UnB)

Alexandre Cunha (Cedeplar-UFMG)

Gustavo Britto (Cedeplar-UFMG)

Maurício Coutinho (Unicamp)

Ricardo Solís (Universidad Autónoma Metropolitana, México)

 

Desafios da política social no Brasil

Coordenação: Amélia Cohn (USP)

Celia Lessa Kerstenetzky (UFF)

Eduardo Fagnani (Unicamp)

 

17 de agosto – tarde

Crise Internacional

Coordenação: Carlos Pinkusfeld (UFRJ)

Theotonio dos Santos (UFF)

Matias Vernengo (Banco Central da Argentina)

 

Comunicação e desenvolvimento: desafios atuais à construção da vontade nacional

Coordenação: Marcos Dantas (UFRJ)

Cesar Bolaño (UFSE)

Anita Simis (Unesp)

George Kornis (UFRJ)

 

Bancos de desenvolvimento, estabilidade econômica e sustentabilidade

Coordenação: Leonardo Burlamaqui (Ford Foundation / UERJ)

Jan Kregel (Levy Institute)

Michelle Chan (Friends of the Earth)

Fernando Nogueira da Costa (Unicamp)

 

Palestra de encerramento: O Brasil frente à crise

Maria da Conceição Tavares (UFRJ)

 

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