Sobre a Intencionalidade da Política Industrializante do Brasil na Década de 1930
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista de Economia Política, v.23, n.1(89), p.133-48. 2003.
Artigo
Deve-se fundamentalmente a Celso Furtado, ema Formação Econômica do Brasil,
a tese clássica de que o Brasil foi um dos primeiros países ocidentais a sair da
crise iniciada em 1929, e que tal fato deveu-se à política intervencionista
empreendida pelo governo para sustentar as exportações de café. Continuar lendo
Esta tese e
seus desdobramentos já foram objeto de inúmeras discussões e polêmicas,
envolvendo ardorosos defensores e contendores. Pretende-se aqui retomá-la para
aprofundar a discussão em um ponto ainda não de todo solucionado pela
literatura, muitas vezes até ignorado, mas de suma importância para a
reconstituição da história econômica do período. Este diz respeito, mais
precisamente, à intencionalidade e à consciência do governo quanto à
consecução das expressivas taxas de crescimento verificadas na indústria de
transformação a partir de 1933.
Legitimidade e credibilidade: impasses da política econômica do governo Goulart
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista Estudos Econômicos IPE-USP, São Paulo, SP, v. 34, n. 3, p. 587-622 2004.
Artigo
A maior parte da literatura sobre o governo de João Goulart atribui as baixas taxas de crescimento e a
elevação da inflação do período a razões estruturais, enquanto a política econômica normalmente é vista
como errática e hesitante. Continuar lendo
Contrariando estas teses, procura-se aqui resgatar a importância da política
econômica dentro da conjuntura, mostrando que a mesma possui uma racionalidade, a qual inclusive se
manifesta na constante troca de ministros da área econômica. Para tanto, recorre-se ao modelo de
credibilidade de Barro e ao conceito de legitimidade de Max Weber para reconstituir os impasses do governo
e seus reflexos na condução da política econômica.
Do progresso ao desenvolvimento: Vargas na Primeira República
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Anais do XXXII Encontro Nacional de Economia da ANPEC 2004.
Artigo
O trabalho analisa a trajetória e as idéias, principalmente econômicas, de Getúlio Vargas
no período da Primeira República, portanto antes de assumir a Presidência da
República. Continuar lendo
Para tanto, aborda desde sua filiação inicial ao positivismo até quando, ao
final da década de 1920, assume claramente a ideologia desenvolvimentista que marcará
sua atuação posterior. Ao enfocar a gênese de seu pensamento, constata-se a relativa
coerência na defesa de alguns pontos sempre presentes, como o antiliberalismo, a defesa
do intervencionismo e da necessidade de industrialização, enquanto outros se alteram,
dentre os quais os que dizem respeito a certas regras de política econômica, como o
equilíbrio orçamentário e a concessão de crédito e empréstimos, detectando-se um
rompimento com certa ortodoxia da fase inicial.
O ideário de Vargas e as origens do Estado desenvolvimentista no Brasil
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Anais do Segundo Congreso Nacional de Historia Econômica, México, DF 2004.
Artigo
O trabalho analisa a trajetória e as idéias, principalmente econômicas, de Getúlio Vargas
no período da Primeira República, portanto antes de assumir a Presidência da
República. Continuar lendo
Para tanto, aborda desde sua filiação inicial ao positivismo até quando, ao
final da década de 1920, assume claramente a ideologia desenvolvimentista que marcará
sua atuação posterior. Ao enfocar a gênese de seu pensamento, constata-se a relativa
coerência na defesa de alguns pontos sempre presentes, como o antiliberalismo, a defesa
do intervencionismo e da necessidade de industrialização, enquanto outros se alteram,
dentre os quais os que dizem respeito a certas regras de política econômica, como o
equilíbrio orçamentário e a concessão de crédito e empréstimos, detectando-se um
rompimento com certa ortodoxia da fase inicial.
Nem ortodoxia nem populismo: o Segundo Governo Vargas e a economia brasileira
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista Tempo v. 14, n° 28, 2009.
Artigo
O artigo tem por objeto a economia e as controvérsias sobre a política econômica do
Segundo Governo Vargas (1951-1954), bem como de seu significado histórico. Continuar lendo
Como
opção metodológica, parte das diferentes ênfases dadas à implementação da política
econômica ao longo do período, as quais são analisadas pari passu às principais correntes
que dividem seus analistas e intérpretes.
Gênese e Precursores do Desenvolvimentismo no Brasil
FONSECA, Pedro Cezar Dutra In: Bastos, Pedro Paulo Z.; Fonseca, Pedro Cezar Dutra. (Org.). Era Vargas: Desenvolvimentismo, Economia e Sociedade. Era Vargas: Desenvolvimentismo, Economia e Sociedade. 1ed.São Paulo: Unesp, p. 21-49, 2012.
Artigo
O artigo aborda as origens do desenvolvimentismo no Brasil, enfocando dois planos: o teórico e o histórico. Continuar lendo
No primeiro, aponta como suas correntes precursoras: (a) os nacionalistas; (b) os defensores da indústria; (c) os papelistas; e (d) os positivistas. Após analisar a contribuição de cada uma delas e como as mesmas se mesclam e se adaptam para a constituição de um novo ideário, aponta-se o governo de Getúlio Vargas, ainda na Primeira República, quando assumiu a Presidência do Estado do Rio Grande do Sul, em 1928, como a primeira experiência histórica desevolvimentista no país.
FORMIGA, Marcos Revista Nordeste, nº 118, pp. 54-58, Setembro/ 2016.
Artigo
Em 2016, o mundo celebra 500 anos da obra "A utopia" e 400 anos da morte de Miguel de Cervantes e William Shakespeare. Continuar lendo
Durante o ano, a UnB reuniu especialistas nas obras dos três escritores. O colaborador da Revista Nordeste e ex-diretor-presidente e atual membro do Conselho Fiscal do Centro Celso Furtado, prof. Marcos Formiga, coordenou os eventos.
FURTADO, Celso Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 2. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Artigo
Comentários e “Perspectivas da Economia Brasileira”
1. Continuar lendo
Grau de Integração da Economia Brasileira
O objetivo destas conferências é equacionar o problema do desenvolvimento da economia brasileira em sua etapa anual, analisar as tendências fundamentais e, pela projeção dessas tendências, tentar a determinação dos principais fatores que poderão reduzir o ritmo desse desenvolvimento nos próximos anos.
2. Os Desequilíbrios Fundamentais
As forças que impulsionam o desenvolvimento da economia partem de dois focos principais: o setor exportador e o industrial. O impulso criado pelo primeiro desses focos se expande e multiplica por meio do segundo. Essa expansão , quando se realiza espontaneamente , tente a causar pressão cada vez maior sobre a capacidade de importar. Isso tende a causar um desequilíbrio e é inerente à etapa atual de desenvolvimento da economia brasileira.
3. Perspectivas da Capacidade para Importar
Nas palestras anteriores fizemos amplas referências ao setor externo como dinâmico na atual etapa de desenvolvimento da economia brasileira. Examinemos agora as perspectivas que se apresentam a esse setor.
4. O Setor Industrial como Elemento Dinâmico
A importância proporcional desse setor, como fonte de emprego, ainda é relativamente pequena. A verdadeira importância do setor industrial ainda é muito maior do que se depreende do nível relativo de sua produtividade.
5. Ritmo Provável do Crescimento no Próximo Decênio: A Relação Produto-Capital
Dados o crescimento da população, a abundância de recursos naturais não atualizados, o dinamismo da classe empresária e a consciência que se formou no setor público da necessidade de intensificar o desenvolvimento, pode-se admitir como altamente provável que se manterá no futuro o crescimento do sistema econômico brasileiro.
6.Ritmo Provável de Crescimento: O Esforço de Poupança
O esforço real de crescimento realizado por uma economia traduz-se na taxa de poupança. A eficiência na utilização da capacidade produtiva tem, evidentemente, grande importância em um programa, pois aumentar a eficiência significa acelerar sem exigir maior esforço da população.
7. O Problema das Disparidades Regionais
Uma política bem concebida de programação do desenvolvimento deve partir da verificação de que a economia brasileira não é um sistema integrado. Já nos referimos à grande disparidade nos níveis de renda e de ritmo de crescimento existentes entre os dois principais sistemas econômicos do território brasileiro.
8. A Programação Preliminar
A programação preliminar constitui uma tomada de consciência dos problemas nacionais e requer a elaboração dos instrumentos necessários para atuar na programação efetiva. Ao concluir-se essa etapa, deveria estar preparado o verdadeiro programa a ser posto em marcha no início do período seguinte.
9. A Política Monetária
Não basta reunir em tempo útil a informação necessária e definir metas concretas nos setores básicos. Para passar a ação prática, é indispensável que o governo interfira na formação da poupança, na canalização dos recursos financeiros e na orientação dos investimentos.
10. Aspectos Fiscais e Administrativos
Os objetivos da política fiscal são particularmente amplos na realização de um programa de desenvolvimento. Esses objetivos incluem desde a elevação da taxa de poupança até a complementação direta da iniciativa privada. A realização de tão ampla tarefa requer aparelhamento fiscal e administrativo que dificilmente se encontra nos países subdesenvolvidos.
FURTADO, Celso Memórias do Desenvolvimento. Ano 1, nº 1. Rio de Janeiro: Centro Internacional celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2007.
Artigo
Aborda a teoria do desenvolvimento econômico, o problema das relações entre a propensão a consumir e a intensidade do desenvolvimento, e finalmente a questão dos efeitos das invasões sobre o balanço de pagamentos.