A taxa de câmbio no centro da teoria do desenvolvimento
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Estudos avançados 26 (75), 2012.
Artigo
A teoria econômica neoclássica tornou-se dominante nas universidades
na segunda metade dos anos 1970, tendo como base modelo de equilíbrio
geral a macroeconomia das expectativas racionais e os modelos de crescimento. Continuar lendo
Embora não exista uma relação perfeita entre esse pensamento e o conjunto
de políticas econômicas propostas pelo Banco Mundial e, mais amplamente,
pelos países ricos aos países em desenvolvimento, que ficou conhecido
como o Consenso de Washington, está claro que a teoria neoclássica serviu de
base supostamente científica para elas. Enquanto isso ocorria, o pensamento
alternativo a ele, a teoria estruturalista do desenvolvimento, que fora dominante
entre os anos 1940 e 1960, perdeu força e deixou de ser renovada de forma significativa.
1 Em consequência dessa mudança de hegemonia teórica e da grande
crise da dívida externa que enfraqueceu os países em desenvolvimento, particularmente
os países latino-americanos, esses países se submeteram um a um às políticas
de liberalização e desregulamentação propostas pelo consenso neoliberal.
Excetuaram-se os países asiáticos dinâmicos que modernizaram suas instituições
e abriram comercialmente suas economias, mas conservaram a conta de capitais
relativamente fechada e mantiveram seu controle sobre a taxa de câmbio.
Bresser-Pereira Structuralist Macroeconomics and the New Developmentalism
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Brazilian Journal of Political Economy, vol. 32, nº 3 (128), pp. 347-366,July-September/ 2012.
Artigo
This paper first presents some basic ideas and models of a structuralist development
macroeconomics that complements and actualizes the ideas of the structuralist
development economics that was dominant between the 1940s and the 1960s. Continuar lendo
A
system of three models focusing on the exchange rate (the tendency to the cyclical
overvaluation of the exchange rate, a critique of growth with foreign savings, and
new a model of the Dutch disease) shows that it is not just volatile but chronically
overvalued, and for that reason it is not just a macroeconomic problem; as a long
term disequilibrium, it is in the core of development economics. Second, it summarizes
“new developmentalism” – a sum of growth policies based on these models
and on the experience of fast-growing Asian countries.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Folha de S.Paulo, 24 de setembro de 2012.
Artigo
Troca de tarifa por câmbio ocupa centro da escola keynesiano-estruturalista que está surgindo no Brasil Troca de tarifa por câmbio ocupa centro da escola keynesiano-estruturalista que está surgindo no Brasil.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Folha de São Paulo 2012.
Artigo
As campanhas eleitorais americanas, com custos astronômicos, são dominadas pelo dinheiro
Amanhã acontecem eleições nos EUA. Continuar lendo
Espero que Obama seja reeleito, porque fez um bom
governo e é um candidato muito melhor para o povo que seu oponente. Mas, por incrível que
possa parecer, esse resultado não está assegurado.
Artigo | Luiz Carlos Bresser-Pereira | Teoria novo-desenvolvimentista: uma síntese
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Cadernos do Desenvolvimento, v. 11, n. 19, julho-dezembro / 2016.
Artigo
O desenvolvimentismo pode ser pensado de duas maneiras diferentes: (a) como uma forma de organização econômica e política do capitalismo alternativa ao liberalismo econômico, e o correspondente estilo de gestão econômica desse capitalismo; e (b) como uma escola de pensamento econômico. Continuar lendo
Neste segundo caso, o novo desenvolvimentismo é um sistema teórico que tem origem na economia política clássica, na teoria econômica keynesiana e no desenvolvimentismo clássico. Enquanto forma de capitalismo, o desenvolvimentismo manifesta-se pela primeira vez como mercantilismo. Enquanto teoria, está presente de forma específica no desenvolvimentismo clássico (originalmente denominado development economics e, na América Latina, estruturalismo) e no novo desenvolvimentismo.
Ex-ministro da Fazenda brasileiro defende fim do euro em entrevista ao Le Monde
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos Le Monde 7.8. 2012.
Entrevista
Para tirar a zona do euro da crise, é necessária uma solução: acabar, de maneira ordenada, com a moeda única. Continuar lendo
Essa é a visão defendida pelo brasileiro Luiz Carlos Bresser-‐Pereira, professor emérito de economia da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, e várias vezes ministro nos anos 1980 e 1990. Ele foi, em particular, ministro da Fazenda em 1987, quando o Brasil reestruturou sua dívida pública.